sábado, 30 de julho de 2011

Você que está sofrendo (ou que ainda vai sofrer)


Artigo de André Soares – 28/07/2011





O diagnóstico é péssimo e o prognóstico trágico, pois nunca antes na história da humanidade o ser humano esteve tão fragilizado psicológica e emocionalmente, triste, infeliz, perdido, sofrendo, incapacitado e pior, morrendo em decorrência disso. Na atual conjuntura, as pessoas estão sendo vitimadas pelo denominado "o mal do século", que é a epidemia de transtornos mentais, constituída por um coquetel de problemas psicológicos como ansiedades, fobias, estresse, depressão, síndrome do pânico, etc, cuja projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê se tornar até 2030 a patologia mais prevalente no planeta, a frente do câncer e algumas doenças infecciosas. A realidade é grave e se você ainda não teve um desses problemas, fatalmente ainda terá.
As pesquisas recentes têm demonstrado a pouca eficiência dos diversos tratamentos contra "o mal do século" e os especialistas ainda não o compreendem plenamente. Contudo, algumas evidências são significativamente reveladoras, como a sua incidência crescente em mulheres, nas classes sociais mais favorecidas e nos povos mais desenvolvidos, a exemplo do Brasil. Por outro lado, não por acaso, a atual era da informação e do conhecimento, tão bem analisada por Alvin Toffler, em sua obra intitulada "The third wave" (a terceira onda), está intrinsecamente relacionada ao "mal do século", suscitando o desvelar de sua genealogia. Porém, vale dizer que essa não é uma descoberta inédita, sendo tão antiga quanto à própria história, pois já foi alardeada à humanidade por alguns poucos filósofos, conquanto tenham sido lançados ao olvido, condenados ao ostracismo, por proclamarem verdades inconvenientes ao consenso geral.
Você que está sofrendo (ou que ainda vai sofrer) certamente quer compreender "o mal do século", principalmente para evitá-lo, ou curar-se.
Pois, "o mal do século" resulta da insuportável infelicidade das pessoas com suas próprias vidas, percebendo que elas não acontecem como gostariam, vendo seu tempo se esvair e desesperando-se por constatarem que não alcançarão a tão desejada felicidade que tanto sonharam.
E não a alcançarão mesmo!
Por que?
Porque estão no caminho errado, completamente. O pior é que, por não saberem disso, a tragédia se configura, com a humanidade desorientada e aflita persistindo ainda mais no cometimento dos mesmos erros, indo em direção ao caos que, nesse ritmo, talvez ocorra antes da previsão da OMS.
Aliás, você sabe qual é o caminho da felicidade?
Provavelmente, não sabe. E o que você também provavelmente não sabe é que se as pessoas souberem o verdadeiro caminho da felicidade não terão a coragem de percorrê-lo.
Tudo isso serve para evidenciar o paradoxo dos dias atuais no qual, em plena era da informação e do conhecimento em que a humanidade experimenta inúmeras descobertas e avanços científicos, as pessoas nunca souberam tão pouco sobre a vida e sobre si mesmas. E a epidemia do "mal do século" está a demonstrar isso.
Porque felicidade e verdade são situações paradoxalmente contraditórias, atuando em contraposição na dinâmica da vida. Mas, também, é a inexorabilidade da vida que nos impõe o dilema de somente viver a felicidade e a verdade separadamente, nunca concomitantemente.
Assim, se de um lado a busca da verdade proporciona o máximo poder, do lado contrário está a felicidade. Todavia, está claro que a humanidade optou pelo poder, que a era do conhecimento nos proporciona sobejamente. Mas, em contrapartida, está sofrendo a inevitável epidemia do "mal do século".
Se as pessoas querem mudar essa situação e conhecerem o verdadeiro caminho da felicidade precisam saber que ela está na direção oposta. Isto porque a felicidade não está no conhecimento da verdade, mas na total ignorância. Porque só o ignorante é feliz. Para ser feliz é preciso não saber, desconhecer completamente, vivendo no universo onde não há razão, lógica e racionalidade. A ignorância é a única condição em que se alcança e se vive a felicidade.
É por isso que os apaixonados são felizes. Porque estão enlouquecidos de amor, de êxtase e prazer; dominados pela fatídica ignorância da loucura de amar, desafiando o limiar da própria vida. É por isso que os apaixonados são corajosos, não têm medo, lutam bravamente e morrem por suas paixões. Os apaixonados são felizes porque vivem a ignorância. E é por isso que só os ignorantes conseguem se apaixonar.
Viver a vida é decidir um dilema, que consiste em ter que escolher entre alternativas que demandam sempre um ônus fatídico.
Pessoas como você que está sofrendo (ou que ainda vai sofrer) estão vivendo "o mal do século" porque acreditam em solucionar esse dilema sem sofrimento. E é por isso que estão sofrendo.
Então, não tem solução?
É claro que tem!
Porque a excelente notícia é que tudo tem solução.
Afinal, são pessoas como você que está sofrendo (ou que ainda vai sofrer) que são categóricas em afirmar que até a morte tem solução, não é mesmo? Então, sendo assim, tudo tem solução.
Contudo, se você não a encontrar, aceite uma sugestão e seja protagonista da sua própria vida, construindo a sua história por você mesmo. Pois, na pior hipótese, é ainda preferível errar por suas decisões que pela influência alheia.
Vivendo assim, certamente você irá sofrer - e muito. Mas, se tiver inteligência e coragem, conseguirá alcançar a verdade libertadora e o poder de fazer a sua vida acontecer; vivenciando a felicidade arrebatadora, pela sabedoria da ignorância de saber se apaixonar. Por fim, você também se regozijará pelo esplendor de sua vida breve e que passará num olhar, ao contrário de se arrepender pelo desperdício de ter vivido em vão.

terça-feira, 26 de julho de 2011

O mal do século

Correio Braziliense - 26/07/2011

Estudo da OMS que atualiza dados sobre depressão no planeta mostra que a população de pacientes já bate nos 121 milhões de pessoas. O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking da prevalência da doença em países em desenvolvimento
Paloma Oliveto
Rebeca Ramos
A doença não deixa marcas aparentes, é impossível de ser diagnosticada por exames de imagem e, confundidos com uma tristeza normal, os sintomas podem passar despercebidos. Mesmo assim, a depressão é a quarta principal causa de incapacitação em todo o mundo e, de acordo com projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2030 ela será o mal mais prevalente do planeta, à frente de câncer e de algumas doenças infecciosas. Hoje, segundo um estudo epidemiológico publicado na revista especializada BMC Medicine, 121 milhões de pessoas estão deprimidas. Para se ter uma ideia, é um número quase quatro vezes maior do que o de portadores de HIV/Aids (33 milhões).
Quando considerado um período de 12 meses seguidos, o Brasil lidera, entre os países em desenvolvimento, o ranking mundial de prevalência da depressão: 18% da população que participou da pesquisa estava deprimida há pelo menos um ano. Os dados brasileiros foram retirados do São Paulo Megacity, um estudo do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo que avaliou a prevalência de distúrbios psiquiátricos na região metropolitana da cidade, baseado em 5.037 entrevistas.
“O episódio depressivo maior é uma preocupação significativa para a saúde pública em todas as regiões do mundo. Esse é um distúrbio sério e recorrente, ligado a morbidades médicas, à mortalidade e à diminuição da qualidade de vida”, alertam, no estudo, os autores, todos eles colaboradores das pesquisas mundiais da OMS. “A organização projeta que, em 2020, a depressão será a segunda maior causa de incapacitação no mundo.”
Mortalidade
De acordo com a psiquiatra Susan Abram, da Universidade da Carolina do Norte, estudos epidemiológicos são importantes porque trazem o assunto à tona e estimulam o debate sobre a doença. “É preciso educar melhor as pessoas a respeito da depressão e de outros distúrbios de humor. Depressão não é tristeza, é uma doença desafiadora, com taxas de mortalidade maiores que 30%”, diz. A professora adjunta do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Espírito Santo Maria Carmen Viana denuncia que “existe uma desassistência à saúde mental dentro da saúde pública”, e acredita que a divulgação de dados como esses deve servir de alerta a um país. Ao lado de Laura Helena Andrade, da USP, Maria Carmen é a representante no Brasil do grupo de pesquisas de saúde mental da OMS.
A servidora pública Bety*, 46 anos, sofreu com a falta de esclarecimento sobre um mal que a atormenta desde os 14. Na adolescência, ela chegou a ficar internada, mas só aos 28 foi diagnosticada corretamente e, de fato, tratada. “Antes disso, eu fazia terapia e não descobria o porquê de me sentir sempre daquela forma”, conta Bety, que toma medicamentos para dormir, um para ansiedade e outro específico para depressão. “Quando fico em crise, sinto que estou em um palco com as cortinas fechadas. O dia pode estar lindo, mas eu não consigo ver beleza em nada”, descreve.
Já o especialista em informática Fábio, 32 anos, não enfrenta problemas sérios com a depressão desde 2005, quando aliou o uso de medicamentos prescritos à psicoterapia. “Sou outra pessoa. Tomo remédios e não sinto mais aquela dor perturbadora causada pelo cansaço”, conta. Desde criança, Fábio chorava aparentemente sem motivos, se isolava e parecia muito triste, comparado a outras crianças. “Eu passei dois anos fazendo um tratamento que não mudou em nada o quadro da minha depressão”, recorda. Sentido-se profundamente cansado e com crises nervosas que considera acima do normal, ele procurou pela terapia e, enfim, melhorou.
Diferenças
O estudo epidemiológico, realizado sobre dados de 89 mil indivíduos ajustados à população global, encontrou diferenças na incidência da depressão entre os países desenvolvidos e aqueles pobres ou em desenvolvimento. Também houve variações, dependendo do statuas social, do nível de escolaridade e do estado civil. Mas, para os autores, é preciso investigar melhor a relação dos fatores sociodemográficos e a prevalência do distúrbio psiquiátrico, pois, mesmo dentro de um determinado grupo — países ricos ou pessoas separadas, por exemplo —, o padrão variou bastante.
Os autores descobriram que o nível social afeta a incidência da depressão de formas diferentes. Nos países desenvolvidos, os mais pobres apresentavam um risco aproximadamente duas vezes maior de ter a doença. Já nos países em desenvolvimento, não houve diferenças significativas. “As descobertas nos países asiáticos foram mais complexas”, diz o artigo. Na Índia, aqueles com poucos anos de estudo tinham 14 vezes mais chances de ter depressão. No Japão e na China, porém, um padrão inverso foi encontrado: quanto mais anos de educação formal, mais deprimidas eram as pessoas. O mesmo ocorreu em relação ao estado civil. Enquanto que na maioria dos países o fato de estar separado ou divorciado aumentava o risco da depressão, em outros não fazia qualquer diferença.
De acordo com Maria Carmen Viana, as metodologias que investigam a prevalência da depressão foram criadas tendo o Ocidente como referência. Ela explica que em países asiáticos e africanos, os indivíduos podem ter representações sintomáticas diferentes, o que explicaria a baixa prevalência, nesses locais, de episódios depressivos.
O Brasil, embora considerado em desenvolvimento, apresentou índices semelhantes aos do Primeiro Mundo. Maria Carmen Viana afirma que não é possível dizer com certeza os motivos de a prevalência ter sido mais próxima à dos Estados Unidos do que à da Colômbia, por exemplo. Ela lembra, contudo, que a amostra anexada à compilação da OMS representa a população da região metropolitana de São Paulo, e não do país inteiro. “Tínhamos um projeto para investigar o Brasil todo, mas não conseguimos financiamento”, lamenta. “São Paulo tem um perfil diferente, com uma população grande de migrantes, índices maiores de violência e não tem praticamente regiões rurais”, afirma a psiquiatra.
Para Maria Carmen, o fato de o estado ser o mais rico do país, com características semelhantes às de nações desenvolvidas, como melhor nível educacional e forte carga de estresse, não faz de São Paulo uma unidade da Federação mais parecida com nações desenvolvidas do que com o restante do Brasil. “Lá também há muitos bolsões de pobreza”, diz. Para esmiuçar os dados, seriam necessárias pesquisas mais complexas, mas a falta de financiamento no país pode deixar a questão sem resposta.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Decifrar pessoas – as mulheres

Artigo de André Soares - 19/07/2011



Sun Tzu profetizou há mais de 2000 anos, na sua mais renomada obra, “A Arte da Guerra”, que “...se conheceis o inimigo e a si mesmo, não precisais temer o resultado de 100 batalhas...”, demonstrando que a arte de decifrar pessoas é arsenal poderoso, tanto para a arte de viver, como para a arte da guerra. Conhecer o comportamento humano é um desafio permanente, merecendo especial atenção quanto às mulheres, por sua peculiar dificuldade. Desde o pecado de Adão e Eva, ou como deusa do amor imortalizada na Vênus de Milo, a mulher não atuou na história como protagonista principal, mas sim como eminência parda. Nos dias atuais, vivemos a consagração da vitória feminina, cuja estratégia silenciosa ao longo dos tempos conduziu as mulheres à conquista do mundo, conquanto a humanidade ainda não tenha se apercebido disso. Na “guerra dos sexos”, ao contrário, as mulheres nunca perderam, bem como não são sexo frágil, conquanto tenham a habilidade de fazerem crer que sim. A realidade é que as mulheres venceram, dominando a arte de persuadir, sem se revelar. Conhecer, sem ser conhecido. Aplicando magistralmente os ensinamentos de Sun Tzu, e continuando a ser um enigma, especialmente para os homens.
Se você já tentou, certamente fracassou ao decifrar as mulheres. Nada mais lógico e natural quando se tenta desvelar o incognoscível. Afinal, na atual era da informação e do conhecimento em que vivemos, onde estão os conhecimentos científicos sobre as mulheres? Pois, eles praticamente inexistem, embora, em se tratando de mulheres, haja motivos suficientes para imaginar que elas os tenham destruído, sigilosamente.
Todavia, o desafio de decifrar mulheres é mais complexo do que simplesmente estudá-las. Pois, se decifrar pessoas é um exercício psicológico naturalmente inquietante, no caso das mulheres é especialmente perturbador. Essa é a principal razão pela qual se conhece tão pouco sobre elas porque a verdade que dói dificilmente será aceita, principalmente se for estarrecedora. É por isso que a gênese da natureza feminina é desconhecida, inclusive pelas próprias mulheres.
Decifrar pessoas é intrínseco ao autoconhecimento, o qual é muito mais um esforço de coragem que de inteligência. Nesse terreno, conhecer-se é enfrentar o desconhecido de si mesmo, que pode se revelar como algo muito doloroso, por vezes insuportável. Se isso acontece para todos, com as mulheres indubitavelmente é pior.
Contudo, chegamos à conjuntura atual em vertiginosa ascensão científico-tecnológica, mas doentes da crescente epidemia de transtornos mentais do século XXI, já devidamente alardeada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O ser humano nunca esteve tão fragilizado psíquica e emocionalmente e os consultórios psicológicos demonstram isso sobejamente, pois nunca tiveram tantos pacientes, principalmente mulheres.
Portanto, urge conhecê-las, revelar seus segredos e mistérios, alcançar seu espírito, descobrindo e compreendendo porque elas fazem o que fazem e porque são como são.
Mas, qual é o caminho?
Cada um terá que descobri-lo, conquanto poucos o tenham encontrado.
Portanto, aqueles que aceitarem uma sugestão e tiverem o espírito aberto às idéias e ao contraditório, reflitam sobre as idéias inquietantes abaixo, sobre as mulheres.
Depois, encontrem a verdade sobre elas.

As mulheres são inteligentes, mas têm aversão à verdade.
As mulheres choram, mas não sofrem.
As mulheres desejam um mundo de amor e querem amar e ser amadas; mas não morrem de amor, nem morrem por amor.
As mulheres fingem ser enganadas; como ardil para enganar.
As mulheres fazem juras de amor e paixão; mas sucumbem à sua provação.
As mulheres não acreditam e não têm fé; pois não sacrificam suas próprias vidas por nada que não seja em benefício exclusivo de si mesmas.
As mulheres são fúteis; e sabem disso.
Ao lado de um grande homem; há sempre uma grande mulher.

Por derradeiro, seria desnecessário mencionar que "as mulheres são maravilhosas" e que os homens estão condenados a ser seus eternos escravos. Afinal, as mulheres sempre souberam disso, conquanto adorem receber elogios, especialmente os verdadeiros e sinceros, como esse.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Brasil – o melhor país do mundo!


Artigo de André Soares - 18/07/2011


“O Brasil é o melhor país do mundo” é afirmação veemente de uma das maiores autoridades sobre o Brasil – a Rita. A Rita possui notório saber cosmopolita, pois conhece o mundo e o Brasil como poucos. Aliando amplo e profundo conhecimento nacional e internacional, com argumentação lógica e irrefutável, a inteligência privilegiada da Rita desvela uma defesa incondicional do Brasil como sendo verdadeiramente o melhor país do mundo.
Porém, falar mal do Brasil é prática tão consagrada nacionalmente, que a célebre frase “o Brasil não é um país sério”, supostamente atribuída ao presidente francês Charles de Gaulle, ecoou satisfatoriamente muito mais fortemente em solo pátrio que no exterior.
Liberdade de opinião à parte, aquele que discordar que o Brasil é o melhor país do mundo está convidado a uma tarefa impossível – continuar com a mesma opinião depois de conhecer a Rita.
Quem é a Rita?
A Rita é uma brasileira encantadora, lindíssima e irresistivelmente maaaaaravilhosa. Fala fluentemente vários idiomas e é super bem-sucedida profissionalmente. Saiu voluntariamente do Brasil no início da adolescência e, depois de conhecer o mundo, decidiu morar no exterior. Adora vir ao Brasil, mas somente a passeio e para rever seus pais. É casada com um gringo milionário, que fatura rios de dinheiro no Brasil investindo no mercado especulativo nacional, e que também considera o Brasil o melhor país do mundo.
Todas as vezes que nos encontramos, falar das maravilhas do Brasil é sempre a maior alegria e prazer para a Rita e o Tony. E o Tony não se cansa de recomendar aos seus amigos gringos milionários o que mais o encanta no Brasil – as nossas favelas.
Faz questão de falar em seu português limitado:
“As favelas do Brasil são ecccxxxtraordinárias e ineccccxxxsplicáveis

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sorri - Smile

Agentes Secretos II - Sozinho

Autor: Agente Secreto



É!

Doer, sempre dói.

E a cicatriz fica.

É a marca registrada da vida.

Da morte, só restam tristezas.

De um amor, só restam lembranças.

É à noite.

Deitado na cama.

Com os olhos abertos no escuro.

Nos lábios se esconde um sorriso.

Que se afoga em lágrimas de um pranto.

Choro a angústia dessas noites.

Mas, talvez chore a tristeza de ser só.

Não que me falte amor e carinho.

Mas, por suportar a cruz de ser sozinho.

Fórum da Inteligência

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