Artigo de André Soares - 05/01/2017
Há tempos venho alardeando, especialmente aos jovens, a iminência do colapso do Brasil, que celeremente se evidencia. A atual crise político-econômica nacional e a falência financeira de vários estados da federação são apenas o início desse caos. Significa que o “Brasil-Titanic” está indo a pique e, consequentemente, a maioria da sociedade se “afogará”. Porque, em tempos de crises, “os justos sempre pagam pelos pecadores”. Portanto, haverá no Brasil muita injustiça e sofrimento à população em geral, com perdas de direitos e prejuízos sociais irreversíveis. E o segmento mais vulnerável a ser impiedosamente sacrificado será a desprotegida juventude brasileira, bem como o seu futuro.
Nesse contexto, a principal questão não é saber se o Brasil sobreviverá a essa hecatombe. Mas, sim: “Quanto tempo demandará?” e, “Que país restará depois?”. Porque, diferentemente do falso otimismo dos nossos governantes, o Brasil do futuro próximo será pior que o Brasil de hoje, principalmente para os jovens. Portanto, você que é jovem e quer o melhor para sua vida, seja forte e inteligente para sobreviver ao colapso do Brasil, atentando para os seguintes alertas:
Alerta 1: Conquiste o quanto antes a sua independência financeira. Essa é condição determinante para se viver a própria vida, libertando-se da dependência dos pais. Portanto, busque prioritariamente um emprego ou atividade que lhe possibilite auferir seus próprios proventos, acumulando com seus estudos, priorizando a conclusão do ensino médio, no mínimo. Mesmo que consiga prosseguir no ensino superior, exerça concomitantemente alguma atividade econômica, construindo desde o mais cedo possível sua independência financeira e carreira profissional.
Alerta 2: Não seja um “estudante profissional”: aquele que desperdiça anos de sua vida produtiva e muito dinheiro, dedicando-se exclusivamente a formação e titulação acadêmicas como aperfeiçoamentos, mestrados, doutorados, pós-doutorados, etc..., achando que terá necessariamente melhores condições de empregabilidade e salário. Ledo engano! O triste destino do “estudante profissional” é chegar atrasado ao mercado de trabalho, provavelmente com cerca de 35/40 anos de idade, casado(a), com família, filhos para sustentar e outras obrigações, tendo como expertise profissional a sua excelente “maestria em ser aluno”. Portanto, a despeito da indiscutível e cada vez maior importância da formação acadêmica na atualidade, o principal diferencial no mundo competitivo é a competência de quem realmente sabe fazer. E isso é avaliado em última instância pela experiência e desempenho profissionais, e não no histórico de colecionadores de certificados e diplomas.
Alerta 3: Não seja um “concurseiro”: aquele que desperdiça anos de sua vida produtiva e muito dinheiro, dedicando-se exclusivamente a passar em concursos públicos, visando à comodidade da tão desejada estabilidade do serviço público, que tanta ineficiência causa às nossas instituições. Porque, como o número de candidatos é exponencialmente superior ao número de vagas, somente poucos conseguirão, gerando um passivo crescente da esmagadora maioria de "concurseiros" que, por mais que tente, nunca passará nesses concursos. Assim, o triste destino da grande maioria dos “concurseiros” é viver à custa dos pais.
Alerta 4: Não se case nem tenha filhos com quem não possua autonomia e independência financeira. Ou seja, não se case para ser provedor do seu cônjuge, nem tenha filhos nessa situação. Fazer isso é um "suicídio pessoal e familiar" no mundo moderno, no qual homens e mulheres estão igualados em responsabilidades da vida civil, notadamente no casamento, constituição de família e criação da prole. Ressalta-se que, segundo os dados oficiais, a dissolução dos casamentos no país é a regra, nos quais mais de 51% ocorrem em até 10 anos, tendo havido expressivo aumento dos divórcios em 2016, em razão da facilidade de sua realização diretamente nos cartórios, sem a obrigatoriedade da assistência advocatícia. Significa que a maioria dos jovens de hoje infelizmente estará divorciada num futuro breve, tendo de superar essa turbulenta crise pessoal e familiar extremamente dolorosa, especialmente sofrida se houver filhos menores, e ainda mais difícil financeiramente se um dos cônjuges não possuir autonomia financeira.
Alerta 5: Pense seriamente em construir sua vida profissional e até mesmo constituir sua família fora do Brasil, num país desenvolvido. Porque a desejada recuperação político-econômica do país, bem como a consecução das necessárias reformas estruturantes, se houver, demandarão décadas. Nesse contexto, colocando sentimentos patrióticos passionais à parte, o mais inteligente é encontrar as melhores oportunidades onde elas estão: nos países desenvolvidos. E essa enriquecedora experiência internacional está cada vez mais acessível nos dias atuais, especialmente quando se é jovem.
Assim, posteriormente, você poderá retornar ao Brasil como um jovem vencedor, seja para passear ou ter ótimas férias com seus familiares e amigos, seja para ganhar muito dinheiro em seus investimentos, seja para edificar um novo e próspero Brasil.
Lido.
ResponderExcluir