Artigo de André Soares - 10/11/2010
“Ou você tem a sua estratégia própria, ou você faz parte da estratégia de alguém” é uma expressão de autoria do renomado futurista norte-americano Alvin Toffler que retrata com precisão a relação de dominação existente no mundo. Ter uma estratégia pessoal pode parecer meio sem sentido para muitos, mas trata-se da definição do propósito de vida e de como alcançá-lo. Você tem um propósito de vida, não tem? Porque se não tiver, muito provavelmente você já faz parte da estratégia alheia.
A verdade verdadeira é que a maioria equivocada das pessoas, por considerar que viver é o único e melhor propósito, passa a vida vivendo por viver. Porém, sendo este um propósito em si mesmo, os que adotam essa infeliz estratégia estão, na verdade, desperdiçando a própria vida. Que assim seja!
Contudo, a minoria que tem um propósito de vida e uma estratégia para alcançá-lo não está necessariamente em situação mais vantajosa, pois que garantia há que alcançará seus objetivos?
Assim, a realidade é que ter uma estratégia em si não tem grande importância porque até os que vivem por viver também a têm.
Voltamos então à estaca zero?
Sim, porque o simples fato de se ter uma estratégia, por mais elaborada que seja, não significa que se obterá o desejado êxito. E para provar isso basta olhar a realidade à sua volta e verificar que no mundo somente pouquíssimas estratégias são vitoriosas.
Então, a grande pergunta é:
“O que as estratégias vitoriosas têm que as outras estratégias não têm?”
Resposta:
A “estratégia da estratégia”.
Significa que para se ter uma estratégia vitoriosa é necessário, evidentemente, ter uma estratégia para isso.
Confuso?
Nem tanto, porque todos imaginam haver algo, um diferencial, que conduz ao sucesso, que as estratégias bem sucedidas têm.
E há.
Para compreender, analise as estratégias das pessoas vitoriosas da história e identifique o que elas têm em comum, sob o ponto de vista estratégico, evidentemente. Uma indicação muito sugestiva é observar que a imensa maioria dos que se tornaram bem sucedidos elaborou sua estratégia de forma diversa e por vezes até diametralmente oposta a tudo e todos, muitas vezes contrariando o próprio consenso de sua época. Malucos? Foi o que todos pensaram. Em decorrência disso, muitos foram ridicularizados, hostilizados e até mortos. Evidentemente que, posteriormente, ao demonstrarem à humanidade todo seu sucesso, passaram a ser reconhecidos como grandes celebridades, muitos dos quais “post mortem”, infelizmente.
Ao contrário do que muitos possam supor, essas pessoas não chegaram onde chegaram por pura sorte, ou pela ação de forças ocultas. Esses vitoriosos não navegaram na escuridão, nem perambularam pela vida, aleatoriamente. Eles navegavam sim, mas por uma bússola diferente de todas as outras, que lhes dava a direção e rumo certos para o sucesso.
Você quer uma bússola dessas?
Então, aprenda o que eles aprenderam a fazer – ver o futuro.
É exatamente isso. A grande ‘sacada’, que na verdade foi o grande diferencial estratégico desses vitoriosos, foi a capacidade que tiveram de ver o futuro. E não se trata de uma visão sensitiva, divina, ou esotérica. Trata-se de uma visão de futuro racional e lógica. Ou seja, eles não vagaram procurando encontrar o sucesso, como faz a maioria das pessoas. Eles descobriram onde ele estava e o alcançaram antes de todos. Como fizeram? Simples – vendo o futuro.
Para exemplificar, citemos apenas um caso, por ser demais representativo e atual. Afinal, trata-se de um dos homens mais ricos do mundo – Bill Gates.
A biografia de Bill Gates revela que ele é possuidor de valorosos atributos pessoais, que são fundamentais e condição necessária, mas não suficiente, para a realização de grandes empreendimentos. Pois, o diferencial de Bill Gates que lhe permitiu a construção do seu império da Microsoft foi inegavelmente a sua estratégia de ver o futuro. E Bill Gates a viu mais de uma vez, certamente. Por exemplo, quando toda a comunidade científico-empresarial apostava no desenvolvimento de hardware, Bill Gates, ainda um jovem adolescente, apostou no desenvolvimento de software, ganhando rapidamente milhões de dólares. Posteriormente, novamente, quando toda a comunidade científico-empresarial apostava no desenvolvimento de computadores de grande porte, Bill Gates, muito tranquilamente, contrariou a todos, apostou no desenvolvimento de computadores pessoais e se tornou o homem mais rico do mundo.
Não é de surpreender que Bill Gates tenha conquistado o reconhecimento mundial como visionário, fazendo todas as suas conquistas parecerem muito fáceis.
Todavia, será que você pode ver o futuro, como Bill Gates e tantos outros conseguiram?
Poder, a princípio, pode.
Mas, você sabe como?
Então, saiba que sob o ponto de vista estratégico, a “estratégia da estratégia” pode ser resumida numa palavra – Informações.
Que informações?
Todas as que forem relevantes e pertinentes para o caso em questão. Mas, dentro desse universo, há um tipo de informação que representa a essência de “estratégia de estratégia”, e que obviamente, é de dificílima obtenção.
Trata-se da informação, crucial, relevante e pertinente, que todos querem, mas ninguém tem. E essa informação você terá que “descobrir”.
É graças à obtenção dessa informação “privilegiada” que permitiu a Bill Gates e a tantos outros verem o futuro. Portanto, eles não adivinharam o futuro – eles já, antecipadamente, o conheciam.
Como fazer para obter essa informação “privilegiada”?
Bem, como foi dito anteriormente, essa expertise “privilegiada” você terá que “descobrir”, pois quem realmente a detém dificilmente irá te ensinar.
Oi, André...
ResponderExcluirRealmente, se não temos um plano, somos parte do plano de alguém...
Mas fazer parte da estratégia de alguém pode não ser muito ruim, desde que saibamos qual é a nossa parte no plano.
Nem sempre somos nós que podemos distribuir as cartas do "jogo da vida", seja no trabalho, no colégio ou mesmo na convivência familiar. Nesses casos, sempre seremos parte da estratégia de alguém: do chefe,do presidente, do professor, do pai...
Nesse ponto que prefiro atuar...descubro o objetivo de quem dá as "cartas" e vejo em que isso pode me ajudar para atingir os meus próprios objetivos. A partir desse ponto faço o meu plano.
Abração
Ricardo Schneider