sábado, 27 de novembro de 2010

“O pior cego é aquele que não quer ver”

Artigo de André Soares - 27/11/2010

“O pior cego é aquele que não quer ver” é uma das verdades populares mais conhecidas que se aplicam perfeitamente à sociedade brasileira e especialmente à sociedade do Rio de Janeiro.
Vejamos, então, o que está acontecendo agora no Brasil, particularmente no Rio de Janeiro, que o mundo todo está assistindo estupefato, sem acreditar no que está vendo!
Apenas uma palavra responde: Guerra - uma verdadeira operação de guerra militar do Brasil, com emprego máximo do poderio bélico militar nacional;
Este poderio bélico militar das Forças Armadas que estão sendo empregados no Rio de Janeiro são originalmente destinados exclusivamente para a defesa nacional, em conflitos bélicos internacionais, valendo dizer que convenções e tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário proíbem e condenam nos tribunais de guerra o seu emprego contra alvos individuais e não militares;
A participação pessoal das maiores autoridades nacionais, começando pelo Presidente da República, Ministro da Defesa, Ministério da Justiça, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Nacional, todos os Comandantes Militares, Governador do Estado, Secretário de Segurança Pública, e todas as demais autoridades do estado do Rio de Janeiro
Apenas uma pergunta:
Esta guerra militar com emprego conjunto das Forças Armadas e polícias nacionais é contra que inimigo?
Contra um poderoso país inimigo e invasor?
Contra a comunidade internacional que veio nos roubar as praias do Rio de Janeiro, antes de nos roubarem a Amazônia?
Contra os terroristas da Al Qaeda do Bin Laden & “amigos”, que sempre estão descansando no Brasil, a passeio?
Resposta:
Nenhuma das anteriores, pois esta é uma guerra de proporções nunca vistas no país do Brasil contra si mesmo. Puro colapso e autodestruição.
O magnífico Nelson Rodrigues está mais uma vez de parabéns, pois já diagnosticou nosso país, há décadas, quando disse:
“Subdesenvolvimento não se improvisa. É uma obra de séculos”
Mas, o que se vê é que brasileiros e cariocas estão satisfeitos e felizes com essa guerra porque entendem que estamos, enfim, vivendo a esperança de uma solução.
O que você acha?

2 comentários:

  1. As considerações são realmente coincidentes com a realidade, no entanto, as ações que estão ocorrendo são na realidade reações inevitáveis e até tardias a uma situação insustentável.
    Como o aparato do Estado (RJ) não era sificiente para enfrentar de forma adequada e segura o poder paralelo que se instalou a muitos anos nas favelas cariocas, foi necessário e exitosa a participação exitosa do apoio de forças Federais. Sem este apoio, certamente o efeito colateral desses enfrentamentos causaria maiores danos a inocentes.
    Mas o maior ganho, sem dúvida, é o apoio da sociedade e talvez uma mudança de visão e paradigmas cariocas, da benevolencia com esses criminosos.
    Certamente esta é uma parte da batalha que será vencida rapidamente. Contudo, o amior desafio ainda está em aberto, que é o poder público levar condições dignas a população dessas regiões, oferecendo educação, saúde e assitencia para uma vida digna, na qual jovens tenham opções, o que não ocorre hoje.
    Resta-nos aguardar, "esperançosamente", que algo mais seja feito.
    Tambe´m parabenizar algumas autoridades pelas iniciativas e coragem ao tomarem decisões, mesmo após tantos anos de inércia do poder público.

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  2. Oi, André...
    Mais uma vez parabéns pela ousadia do post, que colocou um ponto interessante: Ilegalidade contra Ilegalidade! Ou, também: Ilegalidade contra Criminalidade...
    Bem, comecemos pela definição da situação.
    Os blindados e o efetivo das forças armadas devem ser usados contra inimigos do Estado, quando este for atacado dentro da definição de guerra que é a disputa entre dois países ou grupos organizados etc, etc, etc
    Teríamos que forçar muito a interpretação da definição para definir como guerra o que acontecia no Rio até antes dos ataques a carros, ainda que os traficantes usem armas utilizadas em guerra pelos exércitos.
    Mas, durante os ataques realizados pelos traficantes, aos veículos, a situação tomou outra forma.Agora podemos vislumbrar aquilo chamado de guerra irregular...difícil de definir e mais difícil ainda de aplicar a definição ao caso concreto. Mas os ataques podem ser aplicados as características da guerra irregular: um grupo insatisfeito cometendo uma série de atos criminosos com a finalidade de ter seus anseios atendidos, usando táticas de guerra irregular.
    Nesse momento começo a vislumbrar LEGALIDADE no uso das forças armadas.E, principalmente, no momento que se pega em armas militares, granadas inclusive, tem-se uma cadeia de comando, não com capitães e generais, mas com CHEFES, mesmo sem usar uniformes, esse grupo já não pode ser confundido com civis (estes, sim, sob a proteção dos acordos internacionais).
    E os traficantes já estão em conflito há tempo suficiente para serem tratados como fracos. Eles tiveram, inclusive, entendimento suficiente para fazer uma retirada estratégica, que ficou conhecida como " A fuga desesperada dos manos".
    Assim, do meu ponto de vista, a aplicação da força foi adequada ao momento, e não ultrapassou os limites legais.
    Mas vinte anos de trafico não termina em um final de semana. Pensar que o morro do Alemão fique 'pacificado' é esperança perdida.
    Abração
    Ricardo

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