Artigo de André Soares – 31/10/2010
O amor tem a sua magia.
Evidentemente, que a magia do amor é o seu maior segredo.
Quer saber qual é?
Então, analise as pessoas que são amadas – você, por exemplo.
Por que as pessoas te amam?
Se você é amado, certamente há alguma coisa em você que desperta o amor nas pessoas.
O que é?
Se você não consegue explicar porque as pessoas te amam, então tente explicar - porque você ama as pessoas que você ama?
Certamente, você ama, ou já amou alguém, não é mesmo?
Por que?
Por mais paradoxal que possa parecer, a maioria das pessoas que ama e é amada não sabe o porquê.
Geralmente, se autoenganam atribuindo esse sentimento a fatores abstratos e de ordem espiritual, totalmente indeterminados.
Ou seja, não sabem.
Por que não sabem?
Não sabem porque.......bem, esse é outro importante assunto, mas acho melhor tratarmos dele em outra oportunidade porque se formos querer entender mais essa outra problemática podemos acabar ficando confusos e perdidos, não é mesmo?
Aliás, onde estávamos?
(revelando o segredo da magia do amor)
É mesmo?
Mas, um segredo desses não se revela!
(mas, se você não revelá-lo agora, depois dessa conversa toda, as pessoas além de perdidas e confusas ficarão bastante irritadas. Já imaginou o risco que representa para o bem da humanidade a ira de pessoas confusas, perdidas e revoltadas, em busca da magia do amor?)
É verdade!
Então, se é para o bem da humanidade e felicidade geral....
Pera aí!
Revelar o segredo da magia do amor pode ser muito pior para o bem da humanidade! Já imaginou o que as pessoas poderão fazer se souberem o segredo dessa magia? Isso vai dar m... e depois vão jogar a culpa em mim, é claro!).
(se der problema, aí você nega, quando dá m...todo mundo nega, e sempre fica por isso mesmo).
Então, me diga! Como é que eu vou negar o que eu escrevi? É prova de autoria e materialidade. Além do mais, vazamento de informação sigilosa é crime! Esqueceu desse “pequeno detalhe”?
(pára de complicar, agora não dá mais para voltar atrás, e quem é que vai te processar pelo vazamento dessa informação... Deus?...se bem que é melhor não comprar briga com Ele... Faz o seguinte: fala logo o segredo da magia do amor, e depois você diz para as ‘autoridades’ que foi obrigado falar porque foi seqüestrado e barbaramente torturado - e você ainda vai acabar ganhando uma bela indenização).
Boa idéia!
Só mais um detalhe: tem uma pessoa que conhece o segredo da magia do amor, tão bem quanto eu – a “Mônica”.
É impressionante a maestria com que a “Mônica” domina e exerce esse grande poder sobre as pessoas. A “Mônica” é irresistível. Impossível não se apaixonar por ela.
Pois, ela sabe perfeitamente que o segredo da magia do amor está no próprio amor e no que ele representa.
Quer saber mesmo “qual é o segredo da magia do amor?”
Pergunte à “Mônica” e ela responderá:
“Amor é interesse.”
Ainda não entendeu o porquê?
Então, você precisa conhecer a “Mônica”.
domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
Mensagem aos jovens
Artigo de André Soares – 30/10/2010
“Esses moços, pobres moços,
Ah! Se soubessem o que eu sei,
Não amavam,
Não passavam,
Aquilo que eu já passei”
Assim começa a canção “Esses moços, pobres moços”, de Lupicínio Rodrigues, antecipando aos jovens a decepção que sofrerão em seu próprio futuro.
Lupicínio tem razão, bem como a coragem ética de alertar os jovens sobre o destino de suas vidas, compondo essa linda e triste canção.
Você que é jovem e inteligente, já percebeu como os mais velhos sempre lhe vendem um futuro promissor, pleno de realizações?
Você que é jovem e inteligente, nunca considerou a hipótese que os mais velhos lhe estejam omitindo alguma coisa, que seria muito importante que você soubesse?
Pois, estão!
Você perguntaria, então: “o que?”
A verdade!
Mas, não se espante! O mundo sempre foi assim e continuará sendo, pois os jovens sempre foram manipulados pela mentira dos mais velhos. Quando você ficar velho vai manipular os jovens também, a começar pelos seus próprios filhos.
E é muito fácil manipular os jovens.
Basta encantá-los com um ideal, ou uma festa animada.
Portanto, a não ser que você pretenda se tornar um velho frustrado manipulador de jovens, liberte-se.
Como?
Lupicínio Rodrigues responde essa pergunta em sua canção dizendo:
“Por meus olhos,
Por meus sonhos,
Por meu sangue,
Tudo enfim,
É que eu peço a esses moços,
Que acreditem em mim”
Todavia, peço vênia ao ilustre Lupicínio Rodrigues e respondo aos jovens, diferentemente:
Liberte-se, aprendendo a “saber pensar” e questionando tudo e todos - inclusive Lupicínio Rodrigues e a mim mesmo.
Afinal,o que lhe garante que não estamos manipulando você e os jovens?
“Esses moços, pobres moços,
Ah! Se soubessem o que eu sei,
Não amavam,
Não passavam,
Aquilo que eu já passei”
Assim começa a canção “Esses moços, pobres moços”, de Lupicínio Rodrigues, antecipando aos jovens a decepção que sofrerão em seu próprio futuro.
Lupicínio tem razão, bem como a coragem ética de alertar os jovens sobre o destino de suas vidas, compondo essa linda e triste canção.
Você que é jovem e inteligente, já percebeu como os mais velhos sempre lhe vendem um futuro promissor, pleno de realizações?
Você que é jovem e inteligente, nunca considerou a hipótese que os mais velhos lhe estejam omitindo alguma coisa, que seria muito importante que você soubesse?
Pois, estão!
Você perguntaria, então: “o que?”
A verdade!
Mas, não se espante! O mundo sempre foi assim e continuará sendo, pois os jovens sempre foram manipulados pela mentira dos mais velhos. Quando você ficar velho vai manipular os jovens também, a começar pelos seus próprios filhos.
E é muito fácil manipular os jovens.
Basta encantá-los com um ideal, ou uma festa animada.
Portanto, a não ser que você pretenda se tornar um velho frustrado manipulador de jovens, liberte-se.
Como?
Lupicínio Rodrigues responde essa pergunta em sua canção dizendo:
“Por meus olhos,
Por meus sonhos,
Por meu sangue,
Tudo enfim,
É que eu peço a esses moços,
Que acreditem em mim”
Todavia, peço vênia ao ilustre Lupicínio Rodrigues e respondo aos jovens, diferentemente:
Liberte-se, aprendendo a “saber pensar” e questionando tudo e todos - inclusive Lupicínio Rodrigues e a mim mesmo.
Afinal,o que lhe garante que não estamos manipulando você e os jovens?
Chefia e liderança II – “Eminência parda”
Artigo de André Soares – 30/10/2010
“Eminência parda” é uma expressão que caiu no esquecimento, embora a realidade que representa seja sempre presente e permanente. Sua importância na condução dos destinos das sociedades é tamanha que o grande filósofo Maquiavel já advertia os reis de sua época, em sua obra “O Príncipe”, que dedicassem redobrada atenção à pessoa que fosse uma “eminência parda”, conquanto essa denominação tenha surgido mais tarde.
“Eminência parda” tem sentido figurado e em síntese significa o “líder do líder”.
Um líder pode ser liderado?
Exageros à parte, é isso que faz uma “eminência parda”.
É por isso que essa pessoa é uma “eminência”, pois você acha que é fácil liderar um líder?
Você acha que um líder se deixará liderar?
Afinal, um líder não é líder?
O fato é que não resta dúvida que líderes são pessoas especialíssimas e inteligentíssimas. E ninguém melhor do que eles para dominar a habilidade de conhecer e manipular as pessoas. Afinal, eles lideram seres humanos. Portanto, a rigor, líderes não são liderados, mas são influenciados por outras pessoas. E isso representa enorme poder.
Imagine o poder de alguém que tem a capacidade de influenciar um líder!
Pois, a “eminência parda” tem esse poder.
É por isso que “eminências pardas” são pessoas tão especiais como os próprios líderes e, não se esqueça, ambos são inteligentíssimos. Significa que, embora haja várias circunstâncias e características dessa relação, quando empregam suas inteligências em conjunto, são insuperáveis.
Para compreender melhor esse grande poder, vale aqui ressaltar o que diferencia o líder da “eminência parda” – a estratégia. Assim, se ambos são “eminências”, pois são pessoas especialíssimas, o líder tem a notoriedade, sendo conhecido de todos - mas a “eminência parda” não. É por isso que ela é “parda”, porque não aparece, não é conhecida por ninguém, apenas pelo líder; pois sua principal estratégia é o sigilo.
A história de humanidade está repleta de grandes feitos e realizações, as quais são sempre atribuídas aos líderes que desfrutam do mérito e da glória de eternizarem seus nomes. Todavia, a verdade desconhecida é que, em muitos casos, se o grande protagonista foi um líder, o grande mentor foi uma “eminência parda”.
Portanto, sempre que você encontrar a ação de um líder, não se esqueça que ele pode apenas ser a obra de outro líder.
Chefia e liderança
Artigo de André Soares
Atualmente, vivemos uma pseudo ‘epidemia’ de liderança. Repentinamente, por um ‘graça’ dos novos tempos, todos alçaram à condição de líderes. Assim, a partir de agora, aqueles em alguma posição de destaque foram magicamente declarados líderes; desde líderes de torcida, a líderes empresariais, corporativos, institucionais, até líderes nacionais. Quanto a isso, nada além de pura semântica elaborada, em mais um oportunismo mercadológico, visando ao de sempre: ganhar dinheiro.
A despeito da importância dos permanentes estudos científicos sobre chefia e liderança e do crescente interesse geral despertado hodiernamente, os estudos mais consistentes sobre essa temática já foram produzidos de longa data. Nesse mister, as inúmeras referências históricas, desde os primórdios, demonstram sobejamente que os maiores conhecedores e especialistas sobre chefia e liderança são, indubitavelmente, os militares; porquanto é única e exclusivamente na carreira das armas que o ser humano vivencia a maximização e o limiar da realidade da chefia e liderança – o combate.
Destaca-se, todavia, que isto não significa que a chefia e liderança é inerente à condição de militar. Ao contrário, vale ressaltar que a caserna é ambiente especialmente vulnerável à proliferação da incompetência profissional, ferindo de morte os melhores princípios de chefia e liderança, vitimando particularmente os comandantes militares de forças armadas não operacionais, não profissionais, aquarteladas e dissociadas do emprego real de sua atividade-fim – o combate. Portanto, é exatamente no meio militar que se encontram os melhores e os piores exemplos de chefia e liderança.
Você é líder?
Muito provavelmente, não; pois o fato é que, estatisticamente, pouquíssimas pessoas alcançam essa condição.
Porém, isso não é nenhuma má notícia para a imensa maioria das pessoas que não são líderes, assim como não é necessariamente uma excelente notícia para a minoria que é.
Estude com atenção e completamente a biografia dos líderes e você constatará que essa realidade não é um beneplácito e sempre está associada a um elevado ônus pessoal. Significa que ser líder é sempre muito difícil, desgastante, estressante e a relação custo/benefício pode não ser tão favorável como você supostamente possa imaginar.
Você já se perguntou se os líderes são felizes?
Será que você realmente gostaria de “pagar esse preço”?
Por outro lado, é muito importante saber que você pode ser chefe e, se quiser, um excelente chefe. Aliás, não apenas você, mas todos podem ser excelentes chefes. E, certamente, é muito preferível ter (e ser) um excelente chefe a ter (e ser) um pseudo líder.
Portanto, muito há o que se redescobrir sobre chefia e liderança, de crucial aplicação prática para a nossa vida; que, lamentavelmente, não nos é ensinado. Uma delas é que, muito mais importante que idealizar ser um líder, é aprender a ser você mesmo.
Atualmente, vivemos uma pseudo ‘epidemia’ de liderança. Repentinamente, por um ‘graça’ dos novos tempos, todos alçaram à condição de líderes. Assim, a partir de agora, aqueles em alguma posição de destaque foram magicamente declarados líderes; desde líderes de torcida, a líderes empresariais, corporativos, institucionais, até líderes nacionais. Quanto a isso, nada além de pura semântica elaborada, em mais um oportunismo mercadológico, visando ao de sempre: ganhar dinheiro.
A despeito da importância dos permanentes estudos científicos sobre chefia e liderança e do crescente interesse geral despertado hodiernamente, os estudos mais consistentes sobre essa temática já foram produzidos de longa data. Nesse mister, as inúmeras referências históricas, desde os primórdios, demonstram sobejamente que os maiores conhecedores e especialistas sobre chefia e liderança são, indubitavelmente, os militares; porquanto é única e exclusivamente na carreira das armas que o ser humano vivencia a maximização e o limiar da realidade da chefia e liderança – o combate.
Destaca-se, todavia, que isto não significa que a chefia e liderança é inerente à condição de militar. Ao contrário, vale ressaltar que a caserna é ambiente especialmente vulnerável à proliferação da incompetência profissional, ferindo de morte os melhores princípios de chefia e liderança, vitimando particularmente os comandantes militares de forças armadas não operacionais, não profissionais, aquarteladas e dissociadas do emprego real de sua atividade-fim – o combate. Portanto, é exatamente no meio militar que se encontram os melhores e os piores exemplos de chefia e liderança.
Você é líder?
Muito provavelmente, não; pois o fato é que, estatisticamente, pouquíssimas pessoas alcançam essa condição.
Porém, isso não é nenhuma má notícia para a imensa maioria das pessoas que não são líderes, assim como não é necessariamente uma excelente notícia para a minoria que é.
Estude com atenção e completamente a biografia dos líderes e você constatará que essa realidade não é um beneplácito e sempre está associada a um elevado ônus pessoal. Significa que ser líder é sempre muito difícil, desgastante, estressante e a relação custo/benefício pode não ser tão favorável como você supostamente possa imaginar.
Você já se perguntou se os líderes são felizes?
Será que você realmente gostaria de “pagar esse preço”?
Por outro lado, é muito importante saber que você pode ser chefe e, se quiser, um excelente chefe. Aliás, não apenas você, mas todos podem ser excelentes chefes. E, certamente, é muito preferível ter (e ser) um excelente chefe a ter (e ser) um pseudo líder.
Portanto, muito há o que se redescobrir sobre chefia e liderança, de crucial aplicação prática para a nossa vida; que, lamentavelmente, não nos é ensinado. Uma delas é que, muito mais importante que idealizar ser um líder, é aprender a ser você mesmo.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
A Inteligência Ética
Artigo de André Soares
“O difícil é saber o que é certo. Mas, quando se sabe o que é certo, o difícil é não fazê-lo”.
Você sabe o que é certo?
Muito provavelmente, não sabe; e, embora constrangedor, demonstrar isso é até simples e rápido, bastando apenas questionar o que você acredita ser “o certo”, pois dificilmente a sua “certeza” resistirá a uma “verdadeira” investigação. Mas, como nós sabemos, por motivos óbvios de autopreservação, as pessoas não aceitam cometer esse “suicídio”.
Essa insegurança ante à dura e cruel realidade da vida é o principal motivo da fragilidade humana, que leva as pessoas a acreditarem em qualquer coisa, refugiando-se desesperadas no mercado diversificado das ideologias, composto principalmente por crenças, seitas, religiões, amplo ideário político-social-econômico, e muito amor – amor à vida, amor ao próximo, amor à arte, amor à ciência, amor à natureza, amor à justiça, amor à pátria...amor a Deus...
Todavia, tudo isso é inócuo se não houver fé.
Você tem fé no que acredita ser certo?
Muito provavelmente, não tem; e, embora constrangedor, demonstrar isso também é até simples e rápido, bastando apenas colocar a sua fé em provação, à semelhança da passagem bíblica na qual Deus submeteu a fé de Abraão a uma provação de morte. Mas, com uma significativa diferença - no seu caso, a sua provação irá se concretizar, realmente (e você ainda vai querer se autoenganar, achando que acredita mesmo na sua suposta fé?). Porém, como nós sabemos, por motivos óbvios de autopreservação, as pessoas não aceitam cometer esse verdadeiro suicídio.
É por isso que vivemos numa era de crises psicológicas e epidemias de doenças mentais, na qual as pessoas estão cada vez mais pulsilânimes, indecisas, medrosas, sem força, sem vida, sem razão e sem propósito.
Falta-lhes verdade e fé.
Ter Inteligência Ética é saber verdadeiramente o que é certo. Quem tem essa coragem é naturalmente temido pelo grande poder de tornar-se invencível ante sua ação.
Você tem Inteligência Ética?
Muito provavelmente, não tem; e demonstrar isso também é até simples e rápido, embora seja por demais constrangedor. Afinal, como nós sabemos, por motivos óbvios de autopreservação, as pessoas preferem o suicídio de viver sem propósito, a justificar sua vida em nome da verdade e da fé.
“O difícil é saber o que é certo. Mas, quando se sabe o que é certo, o difícil é não fazê-lo”.
Você sabe o que é certo?
Muito provavelmente, não sabe; e, embora constrangedor, demonstrar isso é até simples e rápido, bastando apenas questionar o que você acredita ser “o certo”, pois dificilmente a sua “certeza” resistirá a uma “verdadeira” investigação. Mas, como nós sabemos, por motivos óbvios de autopreservação, as pessoas não aceitam cometer esse “suicídio”.
Essa insegurança ante à dura e cruel realidade da vida é o principal motivo da fragilidade humana, que leva as pessoas a acreditarem em qualquer coisa, refugiando-se desesperadas no mercado diversificado das ideologias, composto principalmente por crenças, seitas, religiões, amplo ideário político-social-econômico, e muito amor – amor à vida, amor ao próximo, amor à arte, amor à ciência, amor à natureza, amor à justiça, amor à pátria...amor a Deus...
Todavia, tudo isso é inócuo se não houver fé.
Você tem fé no que acredita ser certo?
Muito provavelmente, não tem; e, embora constrangedor, demonstrar isso também é até simples e rápido, bastando apenas colocar a sua fé em provação, à semelhança da passagem bíblica na qual Deus submeteu a fé de Abraão a uma provação de morte. Mas, com uma significativa diferença - no seu caso, a sua provação irá se concretizar, realmente (e você ainda vai querer se autoenganar, achando que acredita mesmo na sua suposta fé?). Porém, como nós sabemos, por motivos óbvios de autopreservação, as pessoas não aceitam cometer esse verdadeiro suicídio.
É por isso que vivemos numa era de crises psicológicas e epidemias de doenças mentais, na qual as pessoas estão cada vez mais pulsilânimes, indecisas, medrosas, sem força, sem vida, sem razão e sem propósito.
Falta-lhes verdade e fé.
Ter Inteligência Ética é saber verdadeiramente o que é certo. Quem tem essa coragem é naturalmente temido pelo grande poder de tornar-se invencível ante sua ação.
Você tem Inteligência Ética?
Muito provavelmente, não tem; e demonstrar isso também é até simples e rápido, embora seja por demais constrangedor. Afinal, como nós sabemos, por motivos óbvios de autopreservação, as pessoas preferem o suicídio de viver sem propósito, a justificar sua vida em nome da verdade e da fé.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Decifrar pessoas II – a personalidade
Artigo de André Soares – 28/10/2010
“As pessoas não mudam.”
Nunca se esqueça disso. Se o fizer, sua vida será marcada pelo engano e pela decepção com as pessoas, em seu próprio prejuízo.
Isto porque o que determina fundamentalmente o comportamento humano é a personalidade e vários fatores interferem na sua constituição. Todavia, uma fez formada a personalidade do indivíduo esta não mais se altera, e isso ocorre ainda na infância e não na adolescência, nem na vida adulta, como ingenuamente se imagina.
Observe e analise com mais atenção o comportamento de adultos e crianças e você chegará a uma constatação inexorável – a essência da personalidade de qualquer pessoa adulta é exatamente a mesma de quando era criança, aproximadamente entre os 6 e 10 anos de idade, quando esta se consolida.
Isso representa significativos ensinamentos de ordem prática para a vida real. O principal deles é que o caráter - elemento da personalidade que determina a conduta ética-moral do indivíduo – já se manifesta plenamente na infância e de forma imutável.
Significa, por exemplo, que os corruptos, criminosos e malfeitores, que a história está a registrar e que tanto prejuízo causaram e causam às pessoas e à humanidade, já possuíam suas personalidades monstruosas desde a infância.
Todavia, você não precisa recorrer à história, ou a aprofundados estudos científicos, para saber disso. Basta fazer um retrospecto da sua trajetória de vida e de seus amigos de infância.
O que aconteceu com vocês, ao longo de suas vidas?
Tornaram-se exatamente o que sempre foram quando eram crianças.
Ou seja, a minoria dos que eram crianças virtuosas alcançou o sucesso na vida adulta; a maioria dos que eram crianças medíocres cresceu acumulando inúmeros problemas pessoais, sempre reclamando da vida; e todas as crianças com falhas de caráter, mal-educadas, desobedientes, sádicas e perversas, cujo comportamento foi dolosamente ignorado e não corrigido pelos pais, professores e pela própria sociedade, aprimoraram a própria monstruosidade.
Aproveite esse retrospecto e recorde-se também de todos aqueles, inclusive você, que ofenderam, prejudicaram e, principalmente, traíram amigos, familiares, amores, e até o seu próprio país. Pois, estes, quando surpreendidos ou mal-sucedidos também se apressaram em se arrepender e a se desculpar, sempre em forte e persuasivo apelo emocional, geralmente regado a lágrimas em profusão.
Entretanto, lembre-se que se o perdão tem o poder de acalentar espíritos inquietos e atormentados, perdoar não tem o poder de mudar os fatos, nem de esquecê-los.
Portanto, não se esqueça: “As pessoas não mudam.”
Quer decifrar pessoas?
Então, decifre as crianças.
Nelas, o futuro já está pronto e acabado.
“As pessoas não mudam.”
Nunca se esqueça disso. Se o fizer, sua vida será marcada pelo engano e pela decepção com as pessoas, em seu próprio prejuízo.
Isto porque o que determina fundamentalmente o comportamento humano é a personalidade e vários fatores interferem na sua constituição. Todavia, uma fez formada a personalidade do indivíduo esta não mais se altera, e isso ocorre ainda na infância e não na adolescência, nem na vida adulta, como ingenuamente se imagina.
Observe e analise com mais atenção o comportamento de adultos e crianças e você chegará a uma constatação inexorável – a essência da personalidade de qualquer pessoa adulta é exatamente a mesma de quando era criança, aproximadamente entre os 6 e 10 anos de idade, quando esta se consolida.
Isso representa significativos ensinamentos de ordem prática para a vida real. O principal deles é que o caráter - elemento da personalidade que determina a conduta ética-moral do indivíduo – já se manifesta plenamente na infância e de forma imutável.
Significa, por exemplo, que os corruptos, criminosos e malfeitores, que a história está a registrar e que tanto prejuízo causaram e causam às pessoas e à humanidade, já possuíam suas personalidades monstruosas desde a infância.
Todavia, você não precisa recorrer à história, ou a aprofundados estudos científicos, para saber disso. Basta fazer um retrospecto da sua trajetória de vida e de seus amigos de infância.
O que aconteceu com vocês, ao longo de suas vidas?
Tornaram-se exatamente o que sempre foram quando eram crianças.
Ou seja, a minoria dos que eram crianças virtuosas alcançou o sucesso na vida adulta; a maioria dos que eram crianças medíocres cresceu acumulando inúmeros problemas pessoais, sempre reclamando da vida; e todas as crianças com falhas de caráter, mal-educadas, desobedientes, sádicas e perversas, cujo comportamento foi dolosamente ignorado e não corrigido pelos pais, professores e pela própria sociedade, aprimoraram a própria monstruosidade.
Aproveite esse retrospecto e recorde-se também de todos aqueles, inclusive você, que ofenderam, prejudicaram e, principalmente, traíram amigos, familiares, amores, e até o seu próprio país. Pois, estes, quando surpreendidos ou mal-sucedidos também se apressaram em se arrepender e a se desculpar, sempre em forte e persuasivo apelo emocional, geralmente regado a lágrimas em profusão.
Entretanto, lembre-se que se o perdão tem o poder de acalentar espíritos inquietos e atormentados, perdoar não tem o poder de mudar os fatos, nem de esquecê-los.
Portanto, não se esqueça: “As pessoas não mudam.”
Quer decifrar pessoas?
Então, decifre as crianças.
Nelas, o futuro já está pronto e acabado.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Lançamento do livro de André Soares: “Inteligência Operacional - Filosofia da vida real (teoria & prática)”
Caros(as) amigos(as),
Saudações!
Informo o lançamento do livro de minha autoria “Inteligência Operacional - Filosofia da vida real (teoria & prática)” que trata dos princípios, fundamentos e bases filosóficas dessa doutrina.
Para realizar o seu download (gratuito) acesse o portal “Inteligência Operacional” www.inteligenciaoperacional.com
Atenciosamente.
André Soares
Saudações!
Informo o lançamento do livro de minha autoria “Inteligência Operacional - Filosofia da vida real (teoria & prática)” que trata dos princípios, fundamentos e bases filosóficas dessa doutrina.
Para realizar o seu download (gratuito) acesse o portal “Inteligência Operacional” www.inteligenciaoperacional.com
Atenciosamente.
André Soares
terça-feira, 12 de outubro de 2010
O amor II - a 'guerra'
Artigo de André Soares - 21/08/2010
Quem sabe ‘o que é o amor’ e o conhece verdadeiramente sabe também que:
Amar é sofrer – inescapavelmente.
Amar é tangenciar o limiar da morte, pois quem ama, ama com a própria vida.
É por isso que não existe força maior que o amor.
Quem ama tem poder – o maior poder.
Amar implica se arriscar, correr riscos e principalmente lutar a ‘guerra’ de viver a vida, verdadeiramente.
Todavia, toda guerra sempre tem elevado custo para seus contendores, especialmente em mortos e feridos.
É por isso que ‘amar é sofrer’, pois não há guerra de cujo combate se saia incólume.
Portanto, o maior risco da ‘guerra’ do amor é que se pode ‘morrer de amor’, literalmente.
Sorte no amor é sobreviver. Mas, tem um ônus - sempre ferido, ou muito ferido.
A maioria das pessoas certamente achará que tudo isso é puro exagero.
É por isso que a imensa maioria das pessoas não ama. O máximo que as pessoas conseguem é fingir - brincar de amor.
Quer ver?
Então responda:
Você acha que todos aqueles que juram solenemente amor à pátria a amam, verdadeiramente?
Você acha que todos aqueles que juram solenemente amor aos seus amores, os amam, verdadeiramente?
Se você acha que sim é porque nunca combateu na guerra, nem em defesa da pátria, nem na luta do amor.
Mas você não precisa ir à guerra para descobrir isso. Aliás, a guerra é sempre muito perigosa e, como foi dito, você pode se ferir, ou morrer.
Basta olhar à sua volta e observar os relacionamentos e as vidas da esmagadora maioria dos que dizem amar.
Observe, por exemplo, os casais.
O que se vê?
Por trás de intempestivos, rotineiros, ou eventuais, beijos, abraços, carícias e sexo, o que existe de fato é uma vida morna, sem calor, sem fogo, sem emoção, sem tesão....e sem propósito. Tudo isso está estampado no olhar apagado e sem vida desses que dizem amar.
Isso é amor?
Quanto ao amor pelo ‘bom combate’ de lutar pela pátria, infelizmente você não terá como verificar à sua volta. Mas, nessa guerra, a decepção é muito maior. Acredite.
E o que dizer do decantado amor romântico?
Ele realmente existe?
Homens e mulheres sabem amar?
Homens e mulheres amam do mesmo jeito?
Pode-se confiar no amor?
O amor é uma ‘guerra’ para a qual há que se ter coragem - muita coragem.
Mas, cuidado!
Não basta a coragem.
É preciso também inteligência – muita inteligência.
Pois a ‘guerra’ do amor é repleta de emboscadas, armadilhas e traições.
Não por acaso, o grande Djavan nos adverte nos versos de sua canção, intitulada ‘Vida Real’, que:
“Amar é perigoso demais!...” (clique para ouvir)
Continua...
Quem sabe ‘o que é o amor’ e o conhece verdadeiramente sabe também que:
Amar é sofrer – inescapavelmente.
Amar é tangenciar o limiar da morte, pois quem ama, ama com a própria vida.
É por isso que não existe força maior que o amor.
Quem ama tem poder – o maior poder.
Amar implica se arriscar, correr riscos e principalmente lutar a ‘guerra’ de viver a vida, verdadeiramente.
Todavia, toda guerra sempre tem elevado custo para seus contendores, especialmente em mortos e feridos.
É por isso que ‘amar é sofrer’, pois não há guerra de cujo combate se saia incólume.
Portanto, o maior risco da ‘guerra’ do amor é que se pode ‘morrer de amor’, literalmente.
Sorte no amor é sobreviver. Mas, tem um ônus - sempre ferido, ou muito ferido.
A maioria das pessoas certamente achará que tudo isso é puro exagero.
É por isso que a imensa maioria das pessoas não ama. O máximo que as pessoas conseguem é fingir - brincar de amor.
Quer ver?
Então responda:
Você acha que todos aqueles que juram solenemente amor à pátria a amam, verdadeiramente?
Você acha que todos aqueles que juram solenemente amor aos seus amores, os amam, verdadeiramente?
Se você acha que sim é porque nunca combateu na guerra, nem em defesa da pátria, nem na luta do amor.
Mas você não precisa ir à guerra para descobrir isso. Aliás, a guerra é sempre muito perigosa e, como foi dito, você pode se ferir, ou morrer.
Basta olhar à sua volta e observar os relacionamentos e as vidas da esmagadora maioria dos que dizem amar.
Observe, por exemplo, os casais.
O que se vê?
Por trás de intempestivos, rotineiros, ou eventuais, beijos, abraços, carícias e sexo, o que existe de fato é uma vida morna, sem calor, sem fogo, sem emoção, sem tesão....e sem propósito. Tudo isso está estampado no olhar apagado e sem vida desses que dizem amar.
Isso é amor?
Quanto ao amor pelo ‘bom combate’ de lutar pela pátria, infelizmente você não terá como verificar à sua volta. Mas, nessa guerra, a decepção é muito maior. Acredite.
E o que dizer do decantado amor romântico?
Ele realmente existe?
Homens e mulheres sabem amar?
Homens e mulheres amam do mesmo jeito?
Pode-se confiar no amor?
O amor é uma ‘guerra’ para a qual há que se ter coragem - muita coragem.
Mas, cuidado!
Não basta a coragem.
É preciso também inteligência – muita inteligência.
Pois a ‘guerra’ do amor é repleta de emboscadas, armadilhas e traições.
Não por acaso, o grande Djavan nos adverte nos versos de sua canção, intitulada ‘Vida Real’, que:
“Amar é perigoso demais!...” (clique para ouvir)
Continua...
sábado, 9 de outubro de 2010
O "pecado" mortal da Inteligência
Artigo de André Soares
André Soares - Mestre em operações militares, empresário do ramo de inteligência
A Inteligência de Estado é o instrumento mais poderoso do estado constituído, por meio do qual o Estado pode absolutamente tudo (até o que ‘não pode’). É exatamente por isso que ela é apanágio apenas dos nobres. Caso contrário, desmorona. Sempre desmorona.
“Nós ganhamos a guerra da revolução e perdemos a guerra da comunicação” é o ‘mea culpa’ veladamente assumido pelas mais nobres autoridades da Inteligência do Brasil. Todavia, a atual reincidência dos graves erros cometidos no nosso passado recente revela que esse crucial aprendizado não se consolidou, confirmando a infelicidade que vive a Inteligência nacional, pois “se errar é humano, persistir no erro é burrice”.
Este é o resultado do diletantismo irresponsável que predomina nessa atividade no país, a qual ainda está vitimada pelo único “pecado” mortal da Inteligência de Estado - a ingenuidade.
A Ingenuidade é o “pecado” mortal de acreditar em mentiras, quaisquer que elas sejam. Assim, nossa Inteligência está infestada de “pecadores”, responsáveis por conduzir o país ao sofrimento de sua maior e pior crise institucional de Inteligência de sua história.
Com isso, estamos à mercê da ação dos serviços de inteligência estrangeiros, do crime organizado e da corrupção, enquanto esses “pecadores” incautos fogem do ‘bom combate’, se escondendo na covardia de acreditar nas mentiras proferidas pelos próprios inimigos que deveriam combater.
Uma sociedade com uma 'Inteligência' assim não precisa de inimigos.
Se a Inteligência de Estado, em nome do Estado, pode absolutamente tudo; o que ela não pode é estar confiada aos ineptos, covardes e “pecadores”.
André Soares - Mestre em operações militares, empresário do ramo de inteligência
A Inteligência de Estado é o instrumento mais poderoso do estado constituído, por meio do qual o Estado pode absolutamente tudo (até o que ‘não pode’). É exatamente por isso que ela é apanágio apenas dos nobres. Caso contrário, desmorona. Sempre desmorona.
“Nós ganhamos a guerra da revolução e perdemos a guerra da comunicação” é o ‘mea culpa’ veladamente assumido pelas mais nobres autoridades da Inteligência do Brasil. Todavia, a atual reincidência dos graves erros cometidos no nosso passado recente revela que esse crucial aprendizado não se consolidou, confirmando a infelicidade que vive a Inteligência nacional, pois “se errar é humano, persistir no erro é burrice”.
Este é o resultado do diletantismo irresponsável que predomina nessa atividade no país, a qual ainda está vitimada pelo único “pecado” mortal da Inteligência de Estado - a ingenuidade.
A Ingenuidade é o “pecado” mortal de acreditar em mentiras, quaisquer que elas sejam. Assim, nossa Inteligência está infestada de “pecadores”, responsáveis por conduzir o país ao sofrimento de sua maior e pior crise institucional de Inteligência de sua história.
Com isso, estamos à mercê da ação dos serviços de inteligência estrangeiros, do crime organizado e da corrupção, enquanto esses “pecadores” incautos fogem do ‘bom combate’, se escondendo na covardia de acreditar nas mentiras proferidas pelos próprios inimigos que deveriam combater.
Uma sociedade com uma 'Inteligência' assim não precisa de inimigos.
Se a Inteligência de Estado, em nome do Estado, pode absolutamente tudo; o que ela não pode é estar confiada aos ineptos, covardes e “pecadores”.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Valorização do Estado
Urge uma política nacional, ampla, de inteligência
Hércules Rodrigues de Oliveira - Mestre em administração, professor do Uni-BH
Pessoas trazem consigo personagens que constroem a cultura de uma sociedade, que até hoje compõe a administração pública. E, como consequência, permitem o surgimento dos fenômenos burocráticos do coronelismo, do corporativismo, que dificultam qualquer tentativa de reforma administrativa, por não romper com os traços culturais desde as capitanias hereditárias. Vimos tudo isso na Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF), cujo eco se ouve no turbilhão de fatos noticiados pela imprensa, desnudando a oligarquia estatal, entre outras mazelas que insistem em perpetuar o triste legado da família real portuguesa, que aqui chegou em 1808, que nos trouxe a corrupção e toda a estrutura patrimonialista de nossa economia política.
Satiagraha tentou desvendar o sorrateiro e foi vítima das forças ocultas, em que os operadores de inteligência e de segurança pública, na busca da verdade, padeceram pela firmeza da mentira, incapazes que foram de dissipar a escuridão. Com isso, a sociedade não conseguiu depreender onde, afinal de contas, estavam os mocinhos e quem eram os bandidos. O governo brasileiro encaminhou ao Congresso Nacional a Política Nacional de Inteligência (PNI), que identificou 11 ameaças potencialmente prejudiciais à sociedade e aos interesses estratégicos nacionais, entre os quais, neste caso, a corrupção, internalizada como “um fenômeno mundial capaz de produzir a erosão das instituições e o descrédito do Estado como agente a serviço do interesse nacional”.
À luz da PNI, “cabe à inteligência cooperar com os órgãos de controle e com os governantes na prevenção, identificação e combate à corrupção em suas diversas manifestações, inclusive quando advindas do campo externo, que colocam em risco o interesse público”. A Operação Satiagraha, lamentavelmente, demonstrou que a cooperação com os órgãos de controle (prevista em lei) ainda é um processo a ser construído, com cautela e com grande profissionalismo de homens e mulheres de inteligência e de segurança pública, caso contrário, corre-se o risco de termos raposa tomando conta de galinheiro. O profissionalismo dos operadores de inteligência não pode ser visto tão somente pelo acúmulo de cursos institucionais, pois sabemos que grandes currículos não representam habilidades, muito menos competência. O bom servidor não é aquele que cumpre horário, mas quem se dedica com entusiasmo à atividade que abraçou.
Organizações serão profissionais à medida que se fortalecem os mecanismos de controle sob a responsabilidade do Executivo (fiscalização), ação do Legislativo sobre o Executivo e a prestação de contas pelos tribunais destinados a este fim. Um novo governo se aproxima e esperamos que ele fortaleça as instituições do Estado democrático de direito, para cumprir os interesse da sociedade soberana e não da vontade patrimonialista de seus governantes, ainda que eleitos pela vontade do povo.
Ética e Inteligência
André Soares - Autor do livro “Operações de inteligência - Aspectos do emprego das operações sigilosas no Estado democrático de direito” e Diretor-presidente de Inteligência Operacional
Publicado em O Globo - 23/07/2010
'Tropa de Elite' é um filme de José Padilha,que obteve estrondoso sucesso em 2007, levando aos cinemas a discussão realística sobre temas nevrálgicos das polícias do país, dentre eles a corrupção. Nele, o personagem Capitão Nascimento, interpretado pelo ator Wagner Moura, declara que na corrupção policial, o profissional tem três alternativas: ou se corrompe, ou se omite, ou 'vai prá guerra'. Porém, mais perturbadora é a realidade intestina dos serviços de inteligência nacionais; pois, na corrupção da Inteligência, o profissional tem apenas duas alternativas; ou se corrompe, ou "vai prá guerra".
Serviços de inteligência são os guardiões da pátria, atuando sigilosamente contra ameaças ao Estado e à sociedade, como 'sistema imunológico' da nação. Seu pior inimigo? A corrupção. Se, por um lado, serviços de inteligência são as instituições mais afetas ao seu combate, por outro, são as mais expostas e suscetíveis ao contágio. Lamentavelmente, isto ocorre no Brasil nos serviços de inteligência cujos integrantes não possuem fortaleza ética-moral, promiscuindo-se com criminosos e, principalmente, com dirigentes e governantes corruptos.
Os sucessivos escândalos de corrupção que ferem a dignidade nacional levam a sociedade a duvidar da eficiência dos nossos 'guardiões da pátria' em evitá-los. Quando o Estado brasileiro vencer a 'caixa-preta' dos seus próprios serviços de inteligência, descobrirá que eles não o fazem porque o sistema imunológico nacional está contaminado pelo próprio mal que deveria combater. Isto foi revelado, em 2008, nas investigações da Polícia Federal e da CPI das interceptações telefônicas, que desvelaram um festival de clandestinidades na atuação de uma centena de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), na Operação 'Satiagraha'. Tamanha a gravidade dos fatos que o presidente Lula não hesitou em afastar definitivamente o diretor-geral e toda a cúpula da Abin, órgão máximo do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), deflagrando a pior crise institucional de inteligência de nossa história.
Esse vergonhoso episódio evidencia a principal causa do desvirtuamento dos serviços de inteligência nacionais - a questão ética. Nesse mister, a ABIN é reincidente em flagrante transgressão à ética, não honrando seu compromisso original, assumido com a nação como condicionante de sua criação, de submeter-se a um “Código de Ética próprio para a atividade de inteligência”; pois, uma vez criada, este código sequer foi elaborado.
Assim, as apurações da 'Satiagraha' expuseram à sociedade a subcultura deturpada praticada pelos agentes da Abin, que durante meses agiram clandestinamente; em promiscuidade com ex-agentes; sem controle; ferindo de morte a doutrina de inteligência; à revelia da legalidade; a serviço de interesses personalistas e escusos; atentando contra o próprio Estado; e confiantes na mais completa impunidade, certos de se esconderem sob o manto do sigilo institucional. Não fosse o acaso de terem sido descobertos, sabe-se lá que prejuízos mais teriam causado ao país; pois, dentre todos esses homens e mulheres da ABIN, não houve sequer um(a) honrado(a) e corajoso(a) cidadão(ã) a denunciar esse estado de coisas. Ao contrário, todos foram cúmplices, todos sabiam de tudo. Mais estarrecedora é uma Inteligência nacional confiada aos indignos; pois, quando chamados à responsabilidade nas investigações da PF e da CPI mentiram à nação brasileira, que juraram amar e defender, a começar pelo dirigente máximo da ABIN.
Portanto, a ética é o derradeiro esteio sem o qual a Inteligência de Estado inescapavelmente demanda para o descontrole. Deve estar impregnada na alma dos dirigentes de serviços de inteligência e seus integrantes, como compromisso de honra para com a Pátria, rigorosamente consolidada no respectivo código de ética de inteligência próprio, e impiedosamente cobrada pela sociedade.
Sábias as palavras do coronel Walther Nicolai, chefe do serviço de inteligência do chanceler Bismarck, que declarou: "A Inteligência é um apanágio dos nobres; confiada a outros, desmorona". Sempre desmorona, pois somente os dotados de inabalável fortaleza ética e moral, cujo perfil se caracteriza sobretudo pelo exemplo, são dignos para o exercício da Inteligência. Que a sociedade brasileira não se esqueça desse importante aprendizado, pois na Inteligência há apenas duas categorias de profissionais: os corruptos e os que 'vão prá guerra'.
Publicado em O Globo - 23/07/2010
'Tropa de Elite' é um filme de José Padilha,que obteve estrondoso sucesso em 2007, levando aos cinemas a discussão realística sobre temas nevrálgicos das polícias do país, dentre eles a corrupção. Nele, o personagem Capitão Nascimento, interpretado pelo ator Wagner Moura, declara que na corrupção policial, o profissional tem três alternativas: ou se corrompe, ou se omite, ou 'vai prá guerra'. Porém, mais perturbadora é a realidade intestina dos serviços de inteligência nacionais; pois, na corrupção da Inteligência, o profissional tem apenas duas alternativas; ou se corrompe, ou "vai prá guerra".
Serviços de inteligência são os guardiões da pátria, atuando sigilosamente contra ameaças ao Estado e à sociedade, como 'sistema imunológico' da nação. Seu pior inimigo? A corrupção. Se, por um lado, serviços de inteligência são as instituições mais afetas ao seu combate, por outro, são as mais expostas e suscetíveis ao contágio. Lamentavelmente, isto ocorre no Brasil nos serviços de inteligência cujos integrantes não possuem fortaleza ética-moral, promiscuindo-se com criminosos e, principalmente, com dirigentes e governantes corruptos.
Os sucessivos escândalos de corrupção que ferem a dignidade nacional levam a sociedade a duvidar da eficiência dos nossos 'guardiões da pátria' em evitá-los. Quando o Estado brasileiro vencer a 'caixa-preta' dos seus próprios serviços de inteligência, descobrirá que eles não o fazem porque o sistema imunológico nacional está contaminado pelo próprio mal que deveria combater. Isto foi revelado, em 2008, nas investigações da Polícia Federal e da CPI das interceptações telefônicas, que desvelaram um festival de clandestinidades na atuação de uma centena de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), na Operação 'Satiagraha'. Tamanha a gravidade dos fatos que o presidente Lula não hesitou em afastar definitivamente o diretor-geral e toda a cúpula da Abin, órgão máximo do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), deflagrando a pior crise institucional de inteligência de nossa história.
Esse vergonhoso episódio evidencia a principal causa do desvirtuamento dos serviços de inteligência nacionais - a questão ética. Nesse mister, a ABIN é reincidente em flagrante transgressão à ética, não honrando seu compromisso original, assumido com a nação como condicionante de sua criação, de submeter-se a um “Código de Ética próprio para a atividade de inteligência”; pois, uma vez criada, este código sequer foi elaborado.
Assim, as apurações da 'Satiagraha' expuseram à sociedade a subcultura deturpada praticada pelos agentes da Abin, que durante meses agiram clandestinamente; em promiscuidade com ex-agentes; sem controle; ferindo de morte a doutrina de inteligência; à revelia da legalidade; a serviço de interesses personalistas e escusos; atentando contra o próprio Estado; e confiantes na mais completa impunidade, certos de se esconderem sob o manto do sigilo institucional. Não fosse o acaso de terem sido descobertos, sabe-se lá que prejuízos mais teriam causado ao país; pois, dentre todos esses homens e mulheres da ABIN, não houve sequer um(a) honrado(a) e corajoso(a) cidadão(ã) a denunciar esse estado de coisas. Ao contrário, todos foram cúmplices, todos sabiam de tudo. Mais estarrecedora é uma Inteligência nacional confiada aos indignos; pois, quando chamados à responsabilidade nas investigações da PF e da CPI mentiram à nação brasileira, que juraram amar e defender, a começar pelo dirigente máximo da ABIN.
Portanto, a ética é o derradeiro esteio sem o qual a Inteligência de Estado inescapavelmente demanda para o descontrole. Deve estar impregnada na alma dos dirigentes de serviços de inteligência e seus integrantes, como compromisso de honra para com a Pátria, rigorosamente consolidada no respectivo código de ética de inteligência próprio, e impiedosamente cobrada pela sociedade.
Sábias as palavras do coronel Walther Nicolai, chefe do serviço de inteligência do chanceler Bismarck, que declarou: "A Inteligência é um apanágio dos nobres; confiada a outros, desmorona". Sempre desmorona, pois somente os dotados de inabalável fortaleza ética e moral, cujo perfil se caracteriza sobretudo pelo exemplo, são dignos para o exercício da Inteligência. Que a sociedade brasileira não se esqueça desse importante aprendizado, pois na Inteligência há apenas duas categorias de profissionais: os corruptos e os que 'vão prá guerra'.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
INTELIGÊNCIA CONTRA O TERROR
Hércules Rodrigues de Oliveira – Mestre em administração, professor do Uni-BH.
O terrorismo não é um fenômeno exclusivo do século XXI, apesar de que, nestes anos todos, não houve uma semana se quer em que a mídia não noticiasse uma ação terrorista em alguma parte do mundo. Terrorismo, segundo o dicionário, é o modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror, do pavor, do medo.
Entretanto, enquanto ação política, a comunidade internacional não chegou a um consenso sobre sua definição, haja vista diversas acepções que, indiscutivelmente, variam de acordo com os interesses e propósitos entre dominadores e dominados, vez que o combate se da contra o poder estabelecido mediante o uso da violência, e a história, via de regra, é sempre contada pelos vencedores.
As guerras punitivas e destrutivas foram um dos tristes legados das Legiões Romanas, Cartago que o diga. A total erradicação não apenas de seu território, mas da maioria de sua gente, homens, mulheres, crianças e idosos, ensinou aos outros povos que em nome do poder não há que tratar não-combatentes com menos rigor do que guerreiros, mas a guerra só é doce para aqueles que nunca a experimentaram.
O termo “terrorismo” surge na França em 1798, identificando o período compreendido entre 31 de maio de 1793 a 27 de julho de 1794, conhecido como o Grande Terror, onde mais de 30 mil pessoas consideradas inimigas da Revolução Francesa, foram detidas, julgadas e sumariamente guilhotinadas.
Mas o terror atende aos diversos interesses. Vladimir Lenin lider da Revolução Russa dizia: “Em princípio, nunca rejeitamos o terror. Nosso dever é advertir energicamente contra o exagerado fascínio pelo terror, para que não seja considerado o meio de luta principal e fundamental, algo a que tantos se inclinam neste tempo”.
Em 1763, o governador de Massachusetts, John Wintrop, dizia que a varíola tinha sido mandada por Deus para limpar o terreno para os brancos e distribuiu cobertores infectados as várias tribos indigenas entre elas a que originou o nome daquele Estado. Segundo Galeano, o diabo é índio, por isso a conquista da américa foi uma hercúlea tarefa de exorcismo.
Mas o diabo também é mulher, é pobre, é estrangeiro, é homossexual, é cigano, é negro, é vermelho, é sem-cidadania, é judeu. Para Galeno a caça aos judeus sempre foi um esporte europeu, agora são os palestinos, que jamais o praticaram, pagam a conta.
Para o fundamentalismo protestante estadunindense, o diabo é muçulmano e daí a vontade pela queima do Corão. “Onde se queimam livros, ainda se queimarão pessoas”, dizia o poeta alemão de origem judaíca, Heinrich Heine. Interessante é que os livros de Harry Potter por lá já foram queimados. A história registra que os Reis Católicos de Espanha, Isabel de Castela e Fernando de Aragão, após a conquista de Granada, expulsaram os muçulmanos e queimaram em praça pública os livros do profeta Maomé.
O presidente dos Estados Unidos da América, Barak Obama disse em seu discurso em Nova Iorque, alusivo ao ataque de 11 de setembro de 2001: “não foi uma religião que nos atacou naquele dia, há nove anos, foi a al-Qaeda”. Curioso é que foram os cristãos que lançaram oito cruzadas contra os infiéis em Jerusalém, e que o Santo Ofício, sob as ordens de Torquemada, queimou o que considerou livros falsos e heréticos. Padres e os conquistadores espanhóis promoveram a destruição dos códices maias, livros redigidos em hieróglifo em papel produzido da casca da figueira. A famosa Biblioteca de Bagdá saqueada pelas hordas mongóis, em 2003 foi devastada pelas tropas norte-americanas.
Terrorismo é um assunto complexo e merece atenção, pois, estigmatizar um ato ou pessoa como terrorista dependerá de quem sofre ou pratica a ação. Por isso a preocupação do Estado brasileiro, ao propor a Política Nacional de Inteligência (PNI), a identificação do terrorismo e seu financiamento como uma das onze ameaças à paz, à integridade da sociedade e do Estado e à segurança nacional.
Reza a PNI que a necessidade da prevenção e combate a ações terroristas bem como o seu financiamento, para que se evite esta prática em território nacional ou que este seja utilizado para a prática do terror em outros países, somente serão possíveis se realizados de forma coordenada e compartilhada entre os serviços de inteligência nacionais e internacionais e, em âmbito interno, em parceria com os demais órgãos envolvidos nas áreas de defesa e segurança, a exemplo dos parceiros no Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN).
Ações terroristas já foram praticadas no Brasil. Em 25 de março de 1824, os liberais republicanos tentaram assassinar Dom Pedro II. No período de 1964 a 1968, dissidentes políticos ligados a organizações estrangeiras, lutaram contra o Governo Militar, no período conhecido como “anos de chumbo”. O governo brasileiro, em conformidade com as propostas da Organização das Nações Unidas (ONU), aderiu à data de 10 de setembro como dia mundial dedicado as vítimas do terrorismo.
Brasileiros padeceram sob ataques terroristas, dentro (luta armada) e fora do território nacional, como em Tel Aviv, Jerusalém, Bali, Bagdá, Nova Iorque, Madrid, Islamabad, Londres (o caso Jean Charles) e o ataque a Embaixada Brasileira em Santiago em 2008, tudo isso explica por si só o esforço da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pelo acompanhamento sistemático no âmbito interno e externo, na luta mundial antiterror.
O terrorismo não é um fenômeno exclusivo do século XXI, apesar de que, nestes anos todos, não houve uma semana se quer em que a mídia não noticiasse uma ação terrorista em alguma parte do mundo. Terrorismo, segundo o dicionário, é o modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror, do pavor, do medo.
Entretanto, enquanto ação política, a comunidade internacional não chegou a um consenso sobre sua definição, haja vista diversas acepções que, indiscutivelmente, variam de acordo com os interesses e propósitos entre dominadores e dominados, vez que o combate se da contra o poder estabelecido mediante o uso da violência, e a história, via de regra, é sempre contada pelos vencedores.
As guerras punitivas e destrutivas foram um dos tristes legados das Legiões Romanas, Cartago que o diga. A total erradicação não apenas de seu território, mas da maioria de sua gente, homens, mulheres, crianças e idosos, ensinou aos outros povos que em nome do poder não há que tratar não-combatentes com menos rigor do que guerreiros, mas a guerra só é doce para aqueles que nunca a experimentaram.
O termo “terrorismo” surge na França em 1798, identificando o período compreendido entre 31 de maio de 1793 a 27 de julho de 1794, conhecido como o Grande Terror, onde mais de 30 mil pessoas consideradas inimigas da Revolução Francesa, foram detidas, julgadas e sumariamente guilhotinadas.
Mas o terror atende aos diversos interesses. Vladimir Lenin lider da Revolução Russa dizia: “Em princípio, nunca rejeitamos o terror. Nosso dever é advertir energicamente contra o exagerado fascínio pelo terror, para que não seja considerado o meio de luta principal e fundamental, algo a que tantos se inclinam neste tempo”.
Em 1763, o governador de Massachusetts, John Wintrop, dizia que a varíola tinha sido mandada por Deus para limpar o terreno para os brancos e distribuiu cobertores infectados as várias tribos indigenas entre elas a que originou o nome daquele Estado. Segundo Galeano, o diabo é índio, por isso a conquista da américa foi uma hercúlea tarefa de exorcismo.
Mas o diabo também é mulher, é pobre, é estrangeiro, é homossexual, é cigano, é negro, é vermelho, é sem-cidadania, é judeu. Para Galeno a caça aos judeus sempre foi um esporte europeu, agora são os palestinos, que jamais o praticaram, pagam a conta.
Para o fundamentalismo protestante estadunindense, o diabo é muçulmano e daí a vontade pela queima do Corão. “Onde se queimam livros, ainda se queimarão pessoas”, dizia o poeta alemão de origem judaíca, Heinrich Heine. Interessante é que os livros de Harry Potter por lá já foram queimados. A história registra que os Reis Católicos de Espanha, Isabel de Castela e Fernando de Aragão, após a conquista de Granada, expulsaram os muçulmanos e queimaram em praça pública os livros do profeta Maomé.
O presidente dos Estados Unidos da América, Barak Obama disse em seu discurso em Nova Iorque, alusivo ao ataque de 11 de setembro de 2001: “não foi uma religião que nos atacou naquele dia, há nove anos, foi a al-Qaeda”. Curioso é que foram os cristãos que lançaram oito cruzadas contra os infiéis em Jerusalém, e que o Santo Ofício, sob as ordens de Torquemada, queimou o que considerou livros falsos e heréticos. Padres e os conquistadores espanhóis promoveram a destruição dos códices maias, livros redigidos em hieróglifo em papel produzido da casca da figueira. A famosa Biblioteca de Bagdá saqueada pelas hordas mongóis, em 2003 foi devastada pelas tropas norte-americanas.
Terrorismo é um assunto complexo e merece atenção, pois, estigmatizar um ato ou pessoa como terrorista dependerá de quem sofre ou pratica a ação. Por isso a preocupação do Estado brasileiro, ao propor a Política Nacional de Inteligência (PNI), a identificação do terrorismo e seu financiamento como uma das onze ameaças à paz, à integridade da sociedade e do Estado e à segurança nacional.
Reza a PNI que a necessidade da prevenção e combate a ações terroristas bem como o seu financiamento, para que se evite esta prática em território nacional ou que este seja utilizado para a prática do terror em outros países, somente serão possíveis se realizados de forma coordenada e compartilhada entre os serviços de inteligência nacionais e internacionais e, em âmbito interno, em parceria com os demais órgãos envolvidos nas áreas de defesa e segurança, a exemplo dos parceiros no Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN).
Ações terroristas já foram praticadas no Brasil. Em 25 de março de 1824, os liberais republicanos tentaram assassinar Dom Pedro II. No período de 1964 a 1968, dissidentes políticos ligados a organizações estrangeiras, lutaram contra o Governo Militar, no período conhecido como “anos de chumbo”. O governo brasileiro, em conformidade com as propostas da Organização das Nações Unidas (ONU), aderiu à data de 10 de setembro como dia mundial dedicado as vítimas do terrorismo.
Brasileiros padeceram sob ataques terroristas, dentro (luta armada) e fora do território nacional, como em Tel Aviv, Jerusalém, Bali, Bagdá, Nova Iorque, Madrid, Islamabad, Londres (o caso Jean Charles) e o ataque a Embaixada Brasileira em Santiago em 2008, tudo isso explica por si só o esforço da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pelo acompanhamento sistemático no âmbito interno e externo, na luta mundial antiterror.
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