“O pior cego é aquele que não quer ver - II”

Artigo de André Soares - 03/12/2010

A verdade sempre pode ser dita em poucas palavras. O difícil é decifrá-la e entendê-la. Mas, uma vez alcançada, a verdade é simples; embora, como diz o filósofo, a verdade também é feia.
Vejamos, então, o que está acontecendo agora no Brasil, particularmente no Rio de Janeiro, que o mundo todo está assistindo estupefato, sem acreditar no que está vendo!
A verdade sobre isso é simples e feia: O Rio de Janeiro ‘perdeu’, e só os “cariocas da gema” e a politicagem das autoridades nacionais fingem não saber disso, tentando enganar a ingênua sociedade brasileira.
E o Rio de Janeiro perdeu a guerra da segurança pública há décadas, pois se necessita de muito descaso e omissão de uma sociedade inteira para se destruir um estado como o Rio de Janeiro.
Assim, a questão da segurança pública do Rio de Janeiro, à semelhança de qualquer doença, tem tratamento. Mas, ao ponto em que o estado chegou, infelizmente não há mais possibilidade de cura. Ou seja, exatamente como a situação de um doente terminal, trata-se agora do Rio de Janeiro estar condenado a viver um difícil tratamento, com indesejáveis efeitos colaterais, para tentar garantir a melhor sobrevida e qualidade de vida possível ao estado.
Contudo, há ainda outras preocupações maiores que envolvem o tratamento da doença do estado do Rio de Janeiro. Pois, se a segurança pública é também um problema nacional, o Rio de Janeiro é um problema exclusivo dos cariocas.
E esse tratamento está custando caríssimo aos cofres de toda sociedade brasileira e demais estados federativos, que possuem os seus próprios problemas para resolver.
E quem vai pagar essa conta caríssima do Rio de Janeiro, que não é nossa?
Se o estado do Rio de Janeiro é o principal responsável por sua tragédia que a resolva sozinho.
Essa hipocrisia de irrestrita solidariedade nacional já está acabando, pois até os comandantes militares das forças armadas já estão querendo cair fora dessa roubada temendo o inevitável contágio da corrupção de suas tropas.
E conta ainda não chegou!