quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Heráclito lê carta de Mução à sua mãe e critica Abin

Agência Senado
01/09/2009 - 21h45

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) leu nesta terça-feira (1) uma carta escrita por Rodrigo Emerenciano, mais conhecido como Mução, humorista e radialista nordestino. O texto é endereçado à mãe dele, a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, que se envolveu recentemente numa polêmica com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma roussef.

O senador dedicou a leitura da carta aos milhares de fãs de Mução, alegando que isso os ajudaria a conhecê-lo também "como excelente filho que é". Na carta, o humorista lembra como o exemplo de vida de sua "mãe" marcou os irmãos e a ele próprio, fazendo com que tivessem disciplina e força de vontade para suplantar quaisquer obstáculos. O radialista salientou que o cargo mais importante ocupado por Lina Vieira é o de mãe, "um cargo vitalício".

"Você foi nomeada diretamente por Deus para nos criar, educar e nos ensinar a amar. Primeiro você nos deu raízes, depois asas. Como diz um ditado judaico, por não poder estar em todos os lugares, Deus criou as mães. Sentimos muito orgulho da nossa mãe", escreveu Mução, em seu nome e dos irmãos Bruno e Renata.

Heráclito disse que Rodrigo Emerenciano, mesmo sendo um radialista famoso, preferiu preservar a imagem da sua mãe e manteve-se afastado do episódio com Dilma Rousseff.

Segundo o senador, o jornalista Ricardo Noblat realizou uma enquete em seu blog no site do jornal O Globo, perguntando se Lina Vieira estava falando a verdade quando disse que havia se reunido privadamente com a ministra Dilma Rousseff, de quem teria recebido o pedido de acelerar a fiscalização nas empresas "do filho de Sarney". Heráclito informou que mais de 83% dos participantes da enquete acreditam que a ex-secretária da Receita falou a verdade.

- Este é um assunto que não pode ir para debaixo do tapete. A Dra. Lina não é uma leviana. É uma profissional respeitada pela sua classe e foi secretária de estado algumas vezes - frisou.

Heráclito também criticou a atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que "gastou uma fortuna para se aparelhar, mas se aparelhou com bisbilhoteiros e arapongas". Na opinião do parlamentar, desde a sua criação a Abin criou problemas, como o da atuação do ex-diretor geral da agência, Paulo Lacerda, que "por saber tantos segredos do governo Lula, foi premiado com um cargo na embaixada do Brasil em Lisboa". O senador assinalou que, além de receber salário em dólar, Paulo Lacerda está se tornando um especialista em bons vinhos portugueses e já é um apreciador do bacalhau.
Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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