Correio Braziliense - 10/07/09
Relatos de arapongas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) mostram que autoridades com prerrogativa de foro, entre “políticos e ministros do Poder Judiciário”, caíram mesmo na malha de grampos telefônicos da Operação Satiagraha — investigação que chegou a prender, por duas vezes, o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity. O monitoramento teria ocorrido durante a primeira etapa da Satiagraha, sob comando do delegado Protógenes Queiroz. Detalhes da interceptação foram revelados por Sonia Pagioro Cavalcante e Eloir Vetterlein, agentes da Abin, em depoimento ao general de divisão João Roberto de Oliveira, que presidiu a comissão de sindicância instalada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República para investigar irregularidades na parceria entre Abin e Polícia Federal (PF). Os depoimentos confirmam suspeitas sobre espionagem ilegal. As duas integraram o pelotão de 84 arapongas da Abin recrutados por Protógenes para o cerco a Dantas.
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