quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tarso: segredo de Justiça "praticamente" terminou

Jornal do Brasil 29/07/09


O ministro da Justiça, Tarso Genro, voltou a negar ontem que o vazamento de conversas telefônicas da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tenha partido da Polícia Federal. Gravações divulgadas pela imprensa mostram o peemedebista, o filho dele, Fernando Sarney, e a neta, Maria Beatriz Sarney, negociando uma vaga no Senado para o namorado dela, Henrique Dias Bernardes.
– As divulgações feitas sequer são objeto de inquérito. Mostram apenas uma pessoa orientando para fazer contração por DAS (cargo comissionado, sem concurso público) de outra pessoa, o que é livre – explicou Tarso. O ministro afirmou ainda que só irá investigar o caso se for pedida intervenção da Polícia Federal. E ressaltou que, depois da aprovação de lei que permite ao investigado ter acesso ao processo, o sigilo da investigação acabou.
– Se trata de uma divulgação de informação. O segredo de Justiça praticamente terminou no Brasil, já que o investigado pode ter acesso ao inquérito. O segredo é meramente formal – defendeu.
Na sexta-feira passada, o Ministério Público Federal no Maranhão pediu à PF que abrisse inquérito para investigar a divulgação de conversas telefônicas. Na segunda-feira, o corregedor-geral da Justiça Federal, ministro Hamilton Carvalhido, deu prazo de 48 horas para que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região informe as providências tomadas sobre o vazamento das conversas. A assessoria do TRF-1 informou que o desembargador Mário César Ribeio, que responde pela corregedoria durante as férias do desembargador Olindo Herculano de Menezes, já prestou as informações.

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