Estado de Minas 28/09/08
Washington – A alta comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, defendeu ontem que as investigações sobre supostos abusos da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) contra presos cheguem aos escalões políticos mais elevados. A primeira descrição detalhada de como os chamados "prisioneiros de grande importância" eram interrogados surgiu a partir de dezenas de documentos revelados esta semana. O conteúdo é alarmante.
Nos interrogatórios, agentes da CIA forçavam os suspeitos de terrorismo a ficar de pé, nus, durante vários dias sem dormir. Podiam dar tapas, forçar os presos a assumir posições incômodas e mantê-los acordados por 11 dias consecutivos.
Uma outra alternativa era manter o detento em uma caixa preta durante dias, com a possibilidade de ter que conviver com insetos.
Quando tudo isso falhava, restava o "submarino": os interrogadores amarravam o preso num banco, enfiavam trapos em sua boca e nariz e jogavam água em sua cara. Khalid Sheikh Mohammed, por exemplo, mentor dos atentados de 2001, passou por essa técnica de tortura 183 vezes.
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