Folha de São Paulo 10/08/09
General Jim Jones comenta ação no Paquistão e diz que Bill Clinton abordou desnuclearização na Coreia do Norte
JANAINA LAGE
DE NOVA YORK
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general Jim Jones, afirmou ontem que as provas são "bastante conclusivas" e indicam que Baitullah Mehsud, líder do Taleban paquistanês, morreu após um ataque de avião americano.
Em entrevista à rede de TV NBC, o general disse que foi um feito importante para o país.
"Gostaria de poder confirmar. Nós acreditamos que sim. Nós colocamos na categoria de 90% [de certeza], mas o Paquistão confirmou. Sabemos que existem relatos agora de que a tribo de Mehsud diz que não, mas as provas são bastante conclusivas", respondeu, ao ser questionado se poderia confirmar a morte de Mehsud.
Segundo Jones, a notícia significa que as Forças Armadas e o governo paquistanês estão fazendo um bom trabalho no combate contra os extremistas. "Mehsud era o inimigo público número um no Paquistão, então é o maior alvo deles. E nós já vimos provas de divergências sobre quem vai sucedê-lo".
Sobre a desconfiança em relação à presença de Osama bin Laden no Paquistão, afirmou que o governo ainda avalia que ele está "naquela região", mas evitou dar detalhes.
O general participou ainda do programa "Fox News Sunday". Disse que a Coreia do Norte está tentando melhorar as relações com os EUA.
Segundo Jones, durante o encontro do ex-presidente Bill Clinton com o ditador Kim Jong-il na semana passada, foi discutida a importância da desnuclearização da Coreia do Norte. Apesar disso, ele reiterou o discurso oficial de que Clinton foi em missão privada e não levou qualquer mensagem do presidente Barack Obama.
Clinton esteve na Coreia do Norte em missão para trazer de volta duas jornalistas americanas que haviam sido condenadas a 12 anos de trabalhos forçados em razão da entrada ilegal no país e "atos hostis". "Os norte-coreanos indicaram que gostariam de uma nova relação, uma relação melhor com os EUA", afirmou Jones.
Ao mencionar o tema na entrevista à NBC, Jones afirmou que o ex-presidente encorajou Pyongyang a abandonar suas ambições nucleares. Segundo ele, Clinton afirmou à Coreia do Norte que ela precisaria voltar às negociações conjuntas, que incluem também Rússia, Japão, Coreia do Sul e China.
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