Estado de Minas 09/08/09
Milta Rocha - Diretora da Alcance Consultoria e Gestão de Carreira
Em tempos difíceis, profissionais de todas as áreas tendem a pensar sobre os rumos da carreira. Alguns poucos refletem sobre sua atuação e postura. Focam seus pensamentos no problema e tendem a responsabilizar os outros por sua situação. Desafios são vistos como ameaças e a insegurança se espalha. Cometem mais erros por desatenção, ficam impacientes e, por agir sem foco, perdem tempo, energia e não atingem seus objetivos. Outros agem de forma diferente: são motivados para o trabalho e acreditam que retornos são consequência. Unem esforços com foco na solução e encaram situações adversas como oportunidade, não como ameaça. Quando desistem o fazem depois de todas as tentativas possíveis, mas de maneira cuidadosa para não causar prejuízos à empresa. Trata-se de pessoas saudáveis e equilibradas, que se antecipam às situações, pois cuidam de sua empregabilidade. Antes de delegar à empresa os rumos de sua carreira, assumem seu papel. Se os melhores unem esforços, espalham otimismo, medíocres agem de maneira imatura, numa postura de defesa, e acabam por provocar conflitos desnecessários, comprometendo o clima organizacional. Há duas maneiras de encarar a vida: focar no problema ou na solução. Essa diferença está relacionada ao equilíbrio emocional. Empresas são feitas por pessoas, não por máquinas, e pessoas equilibradas fazem empresas saudáveis e bem-sucedidas. Com uma equipe desequilibrada emocionalmente, problemas e crises permearão grande parte das relações – internas e externas – nela estabelecidas. Quando a situação muda rapidamente, não basta se contentar com o possível. É preciso fazer o melhor. Crises podem causar inseguranças inicialmente, mas não é momento para ficar fraco, mas para ser forte e otimista. Se você quer trabalhar em uma empresa melhor, seja um melhor profissional, seja uma pessoa melhor. Mais que formação técnica, postura é fundamental, pois as empresas contratam os funcionários por habilidades técnicas, mas demitem por deficiências comportamentais. Assim como profissionais refletem sobre a carreira, as empresas fazem suas escolhas, cortes, ajustes. Escolher quem fica é tarefa difícil, mas essencial, já que o "joio deve ser separado do trigo" para que os talentos sejam mantidos. Atitudes valorizadas pelas empresas: - Motivação – motivo vem do latim motivus (que faz mover). Não pode ser dado pela empresa. Motivadas, as pessoas produzem melhor, pois fazem por vontade e com menos esforço. - Honestidade – cuide da empresa como se fosse sua. - Humildade – vem da palavra latina humilis, de humus, que significa solo. Pessoas humildes não se sentem melhores que os outros. Pedem e oferecem ajuda. - Vontade de aprender e compartilhar conhecimentos – reconhecer o desconhecimento sobre certas coisas é sinal de inteligência e um passo decisivo para a mudança. - Resiliência – capacidade de suportar pressões e se recobrar com maior facilidade, aprendendo e se superando diante de obstáculos. - Investimento na saúde – ser saudável significa encontrar equilíbrio entre o corpo, a mente e as relações sociais. - Alinhamento de objetivos – sonhar o sonho da empresa, compartilhar de seus ideais, de sua missão. - Foco em resultado – não basta ter boas intenções, é preciso agregar resultados. Empresas melhores poderão contar com melhores profissionais. Para isso, devem agir de maneira respeitosa, ética, transparente, incentivando o diálogo. Investir em seus talentos, oferecendo treinamento, capacitação e oportunidade de desenvolvimento. Reconhecimento é fator decisivo para a permanência de um profissional na empresa. Uma empresa que não valoriza as pessoas e que não pensa na formação continuada perde a condição de seguir adiante, com perenidade. Contato: helenapp@ibmecmg.brE-mail para colunarh.em@uai.com.br
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